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Documentários inéditos celebram trajetória de Rita Lee

Ritas chega nesta quinta (22) aos cinemas; já Mania de Você está disponível na plataforma Max

  • Foto do(a) author(a) Doris Miranda
  • Doris Miranda

Publicado em 22 de maio de 2025 às 06:00

Rita Lee
Rita Lee Crédito: divulgação

O afeto e a saudade conduzem o público pelos documentários Rita Lee: Mania de Você, recém-chegado à plataforma Max, e Ritas, que estreia hoje, dia de Santa Rita de Cássia, padroeira da cantora, nos cinemas brasileiros. Lançados para marcar dos dois anos de morte dela, os filmes, que se complementam, ainda que nem por um segundo cheguem perto da complexidade de diva, se propõem a mostrar as diversas facetas da artista feminina mais importante da música pop brasileira, aquela que abriu as portas para as mulheres no rock nacional.

Espécie de estandarte da lacuna que deixou entre o marido, o guitarrista e compositor Roberto de Carvalho, e os três filhos, Beto, João e Antônio, Mania de Você é dirigido Guito Goldberg, que parte da carta de despedida que Rita Lee deixou para “os quatro homens de sua vida”.

As filmagens foram feitas enquanto ela ainda estava viva, mas em seus momentos mais frágeis, já em cuidados paliativos em casa.

“Amados do meu coração, eu queria saber falar bonito para cada um de vocês o que sinto no fundo do meu coração, mas me expresso melhor escrevendo sobre o orgulho e a sorte que tenho em estar rodeada por quatro cavalheiros que me fazem perceber que sou a mulher mais completa do mundo”, lê Beto Lee, o filho mais velho de Rita e Roberto, com a voz embargada.

“Quando ficou sabendo que estava com um problema de saúde, ela escreveu a carta”, diz o Roberto, que deixou o papel preso num mural na casa que dividia com Rita. “[O filme foi feito] já no momento em que ela não estava bem, não houve participação ativa dela. Mas ela sabia o que estava acontecendo e endossava que a gente continuasse gravando”, completa. Ele não consegue ler em voz alta a parte que lhe cabe: “Você é o namorado mais fofo”, escreveu Rita. Em seguida, brincou com sua própria personalidade irreverente: “Precisa ser mucho macho para aguentar uma mulher escandalosa, ex-presidiária, cinco anos mais velha e nem sempre fácil de se lidar”.

Embora promova um passeio cronológico pela vida da biografada, Mania de Você escorrega no sentimentalismo. Em determinados momentos, há que se lutar contra lágrimas que não precisavam cair.

Diversas faces de Eva

Ainda que construído de forma mais bem amarrada na linguagem cinematográfica, Ritas, que tem direção de Oswaldo Santana e Karen Harley, também escorrega na proposta original: a de mostrar as diversas facetas da artista. Com roteiro conduzido (e valorizado) pela última e até então inédita entrevista da cantora e compositora paulistana, concedida em 2018, o filme esculpe bom retrato de Rita Lee. Mas, calcado em apenas uma de suas muitas camadas, como artista ‘bowieana’ que era.

O ponto basilar aqui - e onde o filme mais se perde - se apoia na fala da própria Rita, que diz ter vivido um personagem quando vista como Rita Lee. Neste doc somente ela fala e vai apresentando sua própria colcha de retalhos, costurada com números musicais. No fim, embora valha muito ver Ritinha olhando para trás, fica clara a pressa para a conclusão da obra.