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Roberto Midlej
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 00:10
- Atualizado há 2 anos
Veteranos do rock nacional, o Titãs apresenta o show Nheengatu Ao Vivo, homônimo ao DVD(Foto: Divulgação)Apesar do nome ter se mantido, o Rock Concha não vai acontecer na Concha Acústica, que está em reforma. O espaço que deu origem ao festival será substituído pelo Clube Espanhol, que vai receber a festa com dois dias de shows, feira de vinil e o DJ ElCabong.>
Amanhã, a noite será encabeçada pelo Titãs, mas terá ainda BaianaSystem, OQuadro e Circo de Marvim. Domingo, a noite é de Pitty, que terá a companhia de Scambo, Jacked e Fresno.Para os fãs do Titãs, é a chance de conhecer o show Nheengatu Ao Vivo, homônimo ao DVD recentemente lançado. Nheengatu marcou o retorno dos músicos a um som mais pesado e chegou a ser comparado pela crítica e por fãs ao clássico Cabeça Dinossauro. >
O disco marcante para o rock brasileiro dos anos 80 trazia canções que se eternizaram no rock nacional, como Polícia, Desordem e Bichos Escrotos, todas essas incluídas na apresentação de amanhã. Mas o predomínio é mesmo de Nheengatu, 14º álbum de estúdio da banda paulista.>
Para os mais velhos, que chegaram a ver nove membros juntos no palco, talvez seja um choque deparar-se com apenas quatro integrantes da formação original, além do baterista convidado Mario Fabre.Mas Sérgio Britto (vocal, teclado e baixo) acha que havia um “excesso” nas antigas formações: “Naquele início, a gente se juntou por ser amigo e porque todos compunham com uma visão muito parecida. Mas era muita gente cantando e tinha duas guitarras, Não precisava. Era muita gente do ponto de vista musical. Mas do ponto de vista da composição era interessante”.>
Sérgio elogia a Concha e diz que sente falta do espaço: “Conheço poucos lugares no país com aquela ‘vibe’ da Concha. Ali, iam pessoas bacanas, com a mente aberta e a gente tocava bem perto do público. No Brasil, talvez somente o Circo Voador tinha um clima como aquele. E, mais antigamente, o Olympia, em São Paulo”, recorda-se o músico. Sérgio lembra também que no início da carreira fez bons shows no extinto Circo Troca de Segredos, em Salvador.O vocalista revela certo ceticismo em relação à popularidade do rock brasileiro: “O rock nacional perdeu espaço e status para as bandas internacionais. Em alguns festivais, você vê bandas nacionais com carreiras sólidas abrindo a noite para umas atrações estrangeiras pouco conhecidas, mas que, por serem gringas, estão em lugares mais privilegiados. Raramente, um ‘moleque’ brasileiro diz hoje que curte Titãs ou qualquer outra banda nacional”.Já Pitty traz a turnê do álbum Sete Vidas para o Rock Concha, em show no domingo (Foto: Divulgação)No domingo, o destaque é a baiana Pitty, que virá apresentar show baseado no álbum Setevidas. “A expectativa de tocar em Salvador é sempre grande, né? Cantar em casa é sempre uma emoção maior. A gente ficou tanto tempo pelejando pra tocar em Salvador e nessa turnê já é a terceira vez”, revela, sem esconder a felicidade. Mas Pitty avisa que há espaço para improviso e o repertório depende também do clima do show.Na mesma noite de Pitty, o Fresno apresenta as canções do seu mais recente álbum, #Fresno15anos, lançado em abril, com canções como À Prova de Balas e Eu Sei. Serviço: Clube Espanhol (Barra). Atrações Titãs, BaianaSystem, OQuadro e Circo de Marvim (sábado, dia 3); Pitty, Scambo, Jacked e Fresno (domingo, dia 4). Ingresso: R$ 45 (pista) e R$ 80 (camarote). À venda no Ticketmix - Shopping Barra, Shopping da Bahia, Shopping Pararela, Shopping Salvador >