Exposição sobre ativismo feminino é inaugurada no Palacete das Artes

A exposição entra em cartaz nesta terça-feira (07), homenageando o Dia Internacional da Mulher, e segue em cartaz até o dia 26

O Palacete das Artes abre hoje a exposição Mulheres e Artivismos, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã. Com  curadoria da artista visual chilena Nadia Benavides, 32 anos, a mostra  contempla 35 obras, incluindo acrílicos sobre tela e pinturas digitalizadas, além de um acervo ilustrativo, fotográfico e documental de Nadia e Paula Ubilla. 

Poesias de Mariam Pessah, Rosye Saez, Alejandra Ziebrecht  e músicas da Vasti Michel, Mo Maie, Evelyn Cornejo e La Pispireta acompanham as obras. A exposição ficará aberta à visitação até o dia 26 de março.Uma das obras em exposição, intitulada Força(Foto: Divulgação) Segundo Nadia, a mostra é um registro visual e comemora a diversidade das mulheres, inspirada na memória das civilizações pré-colombianas. “Pincipalmente nas culturas da Patagônia. Nessa região havia uma liberdade sexual muito grande, havia transexualidade, falavam-se de outros gêneros, além do feminino e masculino. É muito do que se discute hoje em dia”, afirma.

Através da mostra, Nadia reconta a história das mulheres que foram censuradas, plagiadas e queimadas. “Registro e apoio criativamente as manifestações pela liberdade e empoderamento das mulheres e meninas. Celebro os momentos de união entre elas e de sororidade, lugar de onde concebo encontros maravilhosos de seres conscientes de sua identidade e força. Acredito na arte como uma prática e como uma ferramenta necessária para uma verdadeira mudança sociocultural e consciente”.Obra Quento (Foto: Divulgação)

Nadia Victoria Benavides nasceu na cidade  de Talcahuano, província de Concepción, Chile. Estudou Artes Plásticas na Universidade de Concepción. Trabalha como artista independente, ativista, expositora, viajando por diferentes lugares do Chile, Argentina, México, Brasil, Peru, Bolívia, Guatemala e Espanha, entre outros. Apesar de já ter visitado outras cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Fortaleza, Nadia só conheceu Salvador no ano passado. “Foi a que eu mais gostei, por isso decidi fazer a exposição aqui”, garante.