Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Presidente do Bahia revela ter se escondido em noivado hétero para não assumir ser gay

Emerson Ferreti contou detalhes da vida pessoal antes de assumir homossexualidade

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 09:14

Emerson Ferreti e namorado
Emerson Ferreti e namorado Crédito: Redes sociais

Aposentado dos campos desde os 35 anos, Emerson Ferreti entendeu que precisava assumir sua orientação sexual para conseguir seguir a vida tranquila. E assim aconteceu. Atualmente presidente do Bahia, primeiro dirigente assumidamente gay de um clube brasileiro, Ferreti enfrentou muitos preconceitos ao longo da carreira.

Emerson diz que sempre trabalhou em um ambiente majoritariamente preconceituoso e nada acolhedor. O dirigente conta que chegou a ser noivo em um relacionamento hétero e precisou preservar a vida pessoal para continuar trabalhando como goleiro.

"O processo todo foi muito solitário, desde a adolescência, quando comecei a perceber e entender a minha sexualidade, sem poder falar com ninguém. Nem com a família, nem com os amigos, e muito menos dentro do futebol. Foi realmente muito solitário", disse em conversa ao jornalista Bob Fernandes no canal "TVE Bahia", no YouTube.

Namorando o jornalista e bailarino Jordan Dafner, o presidente do Bahia apareceu, no último domingo (11), ao lado do namorado dentro da Arena Fonte Nova durante o clássico contra o Vitória pelo Campeonato Brasileiro. Assumir ser gay e comandar um time de futebol em uma época em que é mais "fácil", ajudou o próprio ex-jogador a se libertar.

"Essa tomada de decisão aconteceu justamente para jogar luz sobre um assunto que não é conversado no meio do futebol. Mas existem muitos gays, não fui o único e todos eles precisam se esconder, e quando acontece isso com qualquer pessoa de criar um personagem para sobreviver, é muito dolorido, é sofrido. Então, falar sobre isso e virar uma referência, acredito que ajudará muitos que estão no futebol ou até mesmo garotos gays que pretendem ser jogadores a se aproximar e enfrentar isso (...) O caráter, o talento, não se mede pela sexualidade, o fato de ser gay não me impediu em momento nenhum de ser um goleiro que entregasse desempenho nos clubes que joguei", disse.

Ainda na conversa, o jornalista da TVE Ba recordou que encontrou Ferreti e, durante a conversa, o ex-jogador alegou que estava noivo de uma mulher para evitar perguntas referente a orientação sexual e vida pessoal. Naquela época, ele ainda estava jogando, mas agora, aos 50 anos, entende que se preservar foi a melhor escolha.

"Era um discurso que às vezes era necessário porque existia uma cobrança social muito grande em relação a namoro, casamento, a uma presença feminina do lado. Infelizmente tínhamos que usar esse discurso, era uma das formar que tínhamos para nos protegermos. Muitos atletas gays acabam inclusive casando para afastar qualquer suspeita sobre a sexualidade deles. Isso é muito triste, ter que representar o tempo todo", lamentou.