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Produções baianas conquistam três prêmios no CineBaru

Evento no interior de Minas Gerais reconhece diversidade de narrativas

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 07:46

Cinebauru
Cinebauru Crédito: Divulgação

A 9ª edição do CineBaru – Mostra Sagarana de Cinema terminou com destaque para produções baianas, que levaram três prêmios: Melhor Filme por voto popular, Seleção Especial SescTV e uma Menção Honrosa. O evento ocorreu de 17 a 20 de setembro, em Sagarana, distrito de Arinos (MG), e reuniu cerca de 1.200 pessoas de sete estados brasileiros.

O curta "Arrebol", dirigido por Duba Rodrigues e realizado em Brumado, no sudoeste da Bahia, conquistou o prêmio de “Melhor Filme” escolhido pelo público. A produção conta a história de um vampiro que busca provas de sua própria existência após a morte do artista que o retratava. Com fotografia em preto e branco marcada por contrastes, o filme utiliza elementos fantásticos para refletir sobre a fragilidade humana e o papel simbólico da arte.

Já o curta "Bijupirá", de Eduardo Boccaletti, foi contemplado com a “Seleção Especial SescTV”, que inclui contrato de exibição de dois anos e valor de R$ 5 mil. A parceria entre a Mostra e o SescTV acontece desde 2018 e fortalece a proposta de democratizar o acesso ao cinema independente. O filme acompanha Tomé, menino criado por um pescador, que questiona sua origem após ouvir histórias sobre a rêmora, peixe que vive colado ao tubarão-baleia. Quando se perde no mar e é resgatado, o vínculo entre ele e Reinaldo se revela em paralelo com a relação entre os animais.

Já o filme Talvez Meu Pai Seja Negro, de Fávia Santana, recebeu Menção Honrosa. Nele, a diretora e seu pai, Antônio, compartilham uma busca íntima por suas origens. A narrativa atravessa memórias, documentos e fotos para abordar apagamentos, paternidade, identidade racial e pertencimento. Segundo a curadoria do festival, a obra foi premiada “por um protagonista que mobiliza tanto interesse – o pai aberto ao filme, ao mesmo tempo que difícil; a relação familiar sensível, mas também dura, direta, nesse desafio de conversar e reclamar identidades”.

Realizado de 17 a 20 de setembro, o CineBaru reuniu cerca de 1.200 pessoas vindas de sete estados e exibiu 24 curtas-metragens. As obras foram distribuídas em três frentes: a Mostra Competitiva Regional Baiangoneira, com dez produções; a Mostra Sertãozin, voltada ao público infantojuvenil; e a Mostra Sertão, destinada ao público geral.

A Mostra tem a proposta de descentralizar o cinema e trazer debates ligados à preservação ambiental e à emergência climática. Nesta edição, o evento bateu recorde de inscrições: 232 curtas, sendo 58 deles da Bahia. Desde sua criação, o CineBaru já recebeu 1.088 inscrições, exibiu 271 filmes e promoveu 48 atividades formativas, como oficinas e rodas de conversa, reunindo cerca de 2.400 pessoas.

Filmes premiados:

-Melhor Filme Júri Popular: Arrebol (dir. Duba Rodrigues) | Brumado-BA

-Melhor Filme Júri Técnico: Meada Cor Kalunga (dir. Ana Luíza Reis, Marta Kalunga, Alcileia Torres) | Cavalcante-GO

-Prêmio Aquisição Sesc TV: Bijupirá (dir. Eduardo Boccaletti) | Salvador-BA

-Menções Honrosas: Oitavo anjo (dir. Igor Nascimento de Souza) | Recanto das Emas-DF; Talvez Meu Pai Seja Negro (dir. Flávia Santana) | Salvador-BA e Via Sacra (dir. João Campos) | Brasília-DF