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Rapper da Bahia conquista São Paulo e assina com Som Livre

Ryu é de Vitória da Conquista e está lançando o single 'Me SInto Oruam'

  • Foto do(a) author(a) Roberto Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 11 de julho de 2023 às 06:00

Ryu The Runner
Ryu The Runner Crédito: Leonardo Almeida/divulgação

O rapper Ryu The Runner nasceu em Vitória da Conquista, mas saiu de lá ainda criança, aos sete anos. Agora, aos 20, nem de longe seu sotaque lembra a Bahia: a cada cinco ou seis frases, ele solta um 'mano' ou 'tá ligado', com o acento fortemente paulistano. Criado na Zona Leste de São Paulo, em bairros como Vila Prudente e Vila Ema, foi lá que começou o contato com o rap. A região da capital paulista já rendeu outros artistas do gênero como Derek, que estudou na mesma escola de Ryu.

"O funk é muito forte na Zona Leste, mas o trap [subgênero do rap] tá vindo forte", revela o cantor, que é a nova aposta da gravadora Som Livre, com quem assinou contrato há 20 dias. E o primeiro lançamento pela empresa já está nas plataformas: o single Me Sinto Oruam, cuja letra revela cumplicidade com o colega Oruam, rapper carioca que, segundo Ryu, costuma ser alvo de haters nas redes.

Daí, nasceu um dos versos: "Ninguém me entende/ Eu me sinto Oruam". "Eu acho a música dele muito f...! mas o público tava 'macetando' ele, acabando com a vida dele. É um artista diferente, que sofre muito hate desnecessário", queixa-se o rapper.

Leviano (em pé) participa do clipe Me Sinto Oruam
Leviano (em pé) participa do clipe Me Sinto Oruam Crédito: Vitor Cipriano/divulgação

A referência a armas na música - citando uma pistola, a Glock - pode até gerar polêmica ou dar a impressão de ser uma apologia à violência, mas Ryu jura que não é essa a intenção. "No camarim, tô com duas piranha'. Do meu lado a minha Glock 'tá descansando", diz a letra.

O rapper se defende: "Dentro da cultura trap, muita música fala disso, prncipalmente no Rio de Janeiro. Minha música tem letras debochadas. Tem umas cômicas, umas sérias... Mas o clima desta música é leve, com um beat pra ficar dançando. Então, acho que é de boa".

A Som Livre, que descobriu o talento do rapper nas redes sociais, logo produziu o clipe de Me Sinto Oruam, para investir no lançamento do artista. "O Ryu é diferenciado. Ele apresenta uma sonoridade e um 'flow' que deram uma chacoalhada na cena. Artistas como ele, que trazem uma proposta diferente, merecem atenção. Descobrimos como um viral e quando vimos ao vivo foi avassalador", empolga-se Diana Bouth, Gerente de Artístico & Repertório de Música Urbana da Som Livre.

"Não sei o que viram em mim, mas a Som Livre quis, né? Ah, então, mano, é da hora, tô aí", festeja o rapper, que se impressionou com a estrutura de gravação do clipe. Ryu já havia gravado outros dois vídeos de maneira independente, mas ressalta a diferença do novo trabalho, com o suporte da gravadora: "Cheguei no local do clipe de manhã, tinha café, almoço, outro cafpe de tarde, janta... tá ligado? É muito tempo, fiquei gravando quase doze horas!". A gravação aconteceu num casarão de Cotia, na regiao metropolitana de São Paulo.

Rap x Trap

Ryu se identifica como rapper, embora seu som às vezes esteja próximo do trap: "O trap é um subgênero do rap. Lá fora, nos EUA, não tem muito essa diferença. Deram outro nome ao rap, mas na real não tem muita diferença. O trap é diferente de Mano Brown, BK', Djonga... é mais rápido, tem um 'bum'. Eu faço trap, mas me considero rapper".

Apesar de ter surgido como artista independente, lançando um álbum pelo próprio selo que tinha com um amigo, o Salve Crazy Rec, Ryu acha que o contrato com uma gravadora ainda tem relevância: "A gravadora ajuda a pular etapas, porque artista já tem muita coisa na cabeça: tem que cuidar de assédio, show.... E as plataformas dão mais atenção a sua música quando você tem uma gravadora por trás".

A próxima aposta da Som Livre no rapper é o lançamento de um álbum, que será uma versão deluxe de Essa é a Vida de um Corredor, que ele havia lançado nas plataformas em março. Em menos de três meses, as dez faixas renderam a ele um disco de platina. Um detalhe: todas as faixas ganharam do Spotify o selo "E", que significa conteúdo explícito. Então, se prepare para uma tempestade de palavrões, menções a drogas e armas.