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Eduardo Bastos
Publicado em 22 de novembro de 2023 às 13:45
“Duvido você cantar sem autotune” é a provocação que abre um dos vídeos virais da cantora paulistana Triz. Como uma boa estratégia de marketing, a frase instiga a curiosidade do espectador. Em um cenário onde a tecnologia do autotune é amplamente utilizada para ajustar e afinar vozes, Triz desafia essa norma cantando um trecho do funk 'Baile de Bruxo', sua colaboração com a Tropa do Bruxo, sem recorrer ao recurso e acapella. >
Seja pela semelhança ao canto lírico, seja pela aproximação melódica da música árabe, a verdade é que Triz tem impressionado o público com sua voz. Antes da ascensão no funk, ela começou no rap, em 2017, com a música ‘Elevação Mental’. Na época, a artista trouxe ao público seu gênero neutro, que não se identifica nem como homem, nem como mulher. O verso que abre 'Elevação Mental' escancara que ela não está ali para representar o rap feminino, nem o masculino, apenas o rap nacional. “Respeitem minha identidade de gênero”, finaliza a artista, que na época usava dreads e roupas largas. >
Apesar de ter gerado um burburinho no rap, Triz não furou a bolha como fez no funk. Agora, seis anos depois, ela retorna com uma nova estética visual, voltando a utilizar roupas que são lidas como femininas, mas sem se ater a isso. Triz permanece se identificando como pessoa não-binária, ou gênero neutro, e aceita qualquer pronome. >
As mudanças de rota foram fundamentais para seu crescimento nas redes sociais e plataformas de streaming. Em 2023, Triz assinou contrato com a produtora Love Funk, uma das maiores do gênero aqui no país, e é um nome cobiçado para novas parcerias. Enquanto isso, o público aguarda com expectativas os próximos lançamentos. O que será que está por vir?>