Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Thiago Thomé lança EP inspirado na paternidade e na Bahia afro-afetiva

Em ‘Raro 92’, artista carioca transforma a chegada do filho e a conexão com a cultura baiana em um manifesto sonoro

  • Foto do(a) author(a) Luiza Gonçalves
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 25 de junho de 2025 às 18:28

tHIAGO
Thiago Thomé lança EP inspirado na paternidade e na Bahia afro-afetiva Crédito: Divulgação

Unindo afetividade e um tributo à cultura afro-baiana, o compositor, cantor e ator carioca Thiago Thomé apresenta seu novo EP Raro 92, manifesto de amor à experiência de ser pai, onde, em suas quatro canções, narra a paternidade, o amor pela Bahia e o legado familiar que busca transmitir ao seu filho Raro, recém-nascido em maio deste ano, em Salvador. O lançamento é uma parceria com a Universal Music e já está disponível em todas as plataformas musicais.

O disco é fruto de uma vivência transformadora na vida do artista: a experiência de acompanhar, desde o princípio, a gestação de um filho, Raro, juntamente com sua esposa, a escritora e influenciadora baiana Bárbara Carine. “As músicas foram surgindo enquanto a gestação estava evoluindo. Quando chegou perto do final, eu entendi que tinha alguma coisa ali e, conversando com a minha esposa, tive a ideia de lançar um álbum, levar isso pro grande público. É sobre poder gestar um filho, desse lugar da paternidade, de estar presente, acompanhando, auxiliando, cuidando da parte que lhe cabe. E depois do nascimento é mágico, é um amor que não se explica”, compartilha o cantor.

Através das canções, Thomé apresenta a seu filho — e ao público — a Bahia ancestral, artística e espiritual que molda sua identidade desde a infância: “quando meu pai ouvia as músicas do Ilê Aiyê no quintal da nossa casa, na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias. Meu pai carioca trouxe o olhar dele baiano para mim e plantou esse amor pela Bahia lá na minha infância. E agora eu, carioca, mostro a Bahia para meu filho baiano”, explica.

Na sonoridade, o músico, que já compôs para artistas como Xande de Pilares, Zeca Pagodinho e Ivete Sangalo, escolheu uma produção acústica, minimalista e centrada na voz e no violão, que reforça a intimidade das relações parentais. “A escolha dessa produção minimalista foi porque a ideia era que fosse como se eu estivesse na sala de casa cantando essas músicas para o meu filho. Um pai cantando para o seu filho a sua visão da Bahia e o seu amor, que tem essa intersecção”, justifica.

Residindo na Bahia, Thomé desenvolveu uma relação ainda mais profunda com o estado. O cantor explica que enxerga a Bahia como um espaço de acolhimento e fartura, em contraste com a beleza mais dura de sua cidade natal. “A Bahia é mãe e o Rio é pai, cheguei nessa conclusão observando os dois estados. Como a Bahia recebe quem chega, não quer deixar você ir embora. Já o Rio, com todas as delícias e as mazelas que tem, ele é mais pai mesmo. Tem afeto, mas tem cobrança, tem bronca, é mais duro. Por isso que eu acho que existe essa metáfora entre os dois.”

Também pai de Antônia — que conheceu quando ela tinha 2 anos —, ao falar da relação com os filhos, Thomé reforça que o cotidiano familiar segue sendo um motor criativo constante na sua arte. “Tenho o Raro, a Antônia e a Ana, minha enteada, que é minha filha também. Então, acho que, à medida que eles forem crescendo, eu, que sou um compositor muito inspirado pelo cotidiano da vida, acho que mais músicas virão para todo esse universo afetivo que me cerca.”