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Com entrada gratuita, festival destaca produção de animações e jogos da Bahia

Animaí será realizado em Itaparica e Salvador este mês

  • Foto do(a) author(a) Maria Raquel Brito
  • Maria Raquel Brito

Publicado em 6 de outubro de 2025 às 06:00

O festival registrou recorde de inscrições de trabalhos este ano: 183 obras de animação e 124 jogos digitais
Animaí registrou recorde de inscrições de trabalhos este ano: 183 obras de animação e 124 jogos digitais Crédito: Divulgação

O mundo da animação e dos games assume os holofotes na Bahia este mês. É a sétima edição do Animaí – Festival Baiano de Animação e Games, que será realizada de 8 a 10 de outubro em Itaparica e de 21 a 25 em Salvador, com programação totalmente gratuita. Na capital, o festival ocorre no Cine Glauber Rocha e no Espaço Cultural Boca de Brasa Subúrbio 360°. Já em Itaparica, as atividades serão no Colégio Estadual de Tempo Integral Ernesto Carneiro Ribeiro.

Participarão do festival 42 filmes, entre curtas e longa-metragens, feitos por artistas de todo o Brasil. O evento promoverá também mostras competitivas, oficinas, debates e encontros de mercado, com o objetivo de conectar criadores, produtores, pesquisadores e público em torno da cultura digital.

Mostras Competitivas de Animação e Games premiam filmes, séries e jogos por Divulgação

A grande homenageada deste é a diretora e animadora curitibana Rosana Urbes. Seu trabalho mais recente, o filme “Safo”, premiado no prestigiado festival de Annecy, na França, será exibido na sessão de encerramento do festival, em que Urbes estará presente.

Urbes, que estará presente na sessão de premiação em Salvador, no dia 25, diz que é emocionante pensar em Safo sendo exibida em Salvador e em Itaparica, às quais descreve como “cidades do coração da gente”. “Não dá para ser brasileiro e não amar a Bahia, e daí redobra a alegria o fato de que o filme vai ser exibido por um festival voltado para a comunidade da animação”, celebra.

A artista defende que a animação e os jogos representam para muitas pessoas a possibilidade de transformar a própria história – só é preciso que os atores responsáveis pelas políticas públicas tenham um olhar atento para esses campos.

“Eu já vi mudar muitas vidas, mudou a minha. Eu vivo, respiro animação há tantos anos e continuo muito apaixonada, e vejo que muitos dos meus colegas compartilham as frustrações, as dificuldades que a gente enfrenta por estar trabalhando com uma forma de arte que ainda não é totalmente compreendida e as suas especificidades de produção. A animação é uma arte que a gente testa em cada fotograma do filme. Ela é o cinema acrescido de uma artesania, de artes plásticas, de várias modalidades de arte”, define.

Animação no centro da conversa

O Animaí nasceu em 2007, numa época em que os animadores baianos não enxergavam tanto espaço para divulgar suas obras e lucrar com elas. Inicialmente, o evento era voltado apenas para a animação, até que Aline Cléa, diretora do festival e coordenadora da produtora Cine Arts, percebeu que ali havia espaço também para os jogos.

“A gente foi entendendo que os games também são audiovisual e são um tipo de arte que dá um retorno econômico muito bacana, mas que se tem pouco investimento no desenvolvimento. Então, acatamos juntar essas duas linguagens para trazer essa vitrine da Bahia para o mundo através do Animaí”, conta.

Esta edição registrou recorde de inscrições de filmes nas Mostras Competitivas de Animação e Games, com 183 obras de animação e 124 jogos digitais. O festival premia obras audiovisuais em categorias como Longa-metragem de Animação, Série de Animação e Curta-metragem de Animação. Entre os destaques dos games, estão os prêmios de Melhor Jogo Baiano, Melhor Áudio, Gamer Desenvolvedor Negro, Gamer Desenvolvedora Mulher e Jovem Realizador.

Para Aline, o número expressivo reforça o caráter fomentador do Animaí e o potencial dos criadores baianos. “Nosso objetivo é criar um espaço em que as pessoas possam conhecer melhor as técnicas e a prática da animação. Que possam entender desde o mais simples, a animação quadro a quadro, até uma animação mais complexa, uma animação 3D ou um stop motion, conhecer como tudo isso acontece, como os jogos são desenvolvidos”, diz.

A vontade de levar essa arte para o maior número possível de pessoas aparece no “Animaí Circula”, vertente itinerante do festival. A partir do projeto, algumas das obras selecionadas nesta edição foram exibidas em Eunápolis, no extremo sul da Bahia, nos dias 1º e 2 de outubro. Em Salvador, outras produções farão parte de sessões especiais no Cine Clube CBX, realizado no SESI Casa Branca, que acontecem entre os dias 10 e 12 de outubro em celebração à semana das crianças.

Animaí na ilha

O festival é só a partir da semana que vem, mas os moradores de Itaparica já puderam sentir um gostinho do evento com a oficina de produção de cosplays que foi realizada na última sexta-feira (3). A aula funcionou como uma prévia para o concurso de cosplays do Animaí, que será no dia 10 e já está com inscrições abertas. Antes do concurso, mais duas oficinas ocorrerão no Colégio Estadual de Tempo Integral Ernesto Carneiro Ribeiro, hoje (6) e na quinta-feira (9).

Outros dois workshops serão realizados em Itaparica durante o Animaí: “Criando uma história em quadrinhos: da ideia até a publicação”, ministrado pelo premiado ilustrador baiano Hugo Canuto no dia 9, e “Jogos e educação”, com Silvani Neri, produtora e doutora em Educação e Jogos, no dia 10. As informações relativas à inscrição estão disponíveis no Instagram do Animaí. Detalhes da programação de Salvador ainda não foram divulgados.

Além de ministrar a oficina, Hugo Canuto será um dos homenageados desta edição do Animaí. O artista baiano, criador dos personagens que estampam os materiais de divulgação do festival este ano – os Tecnoibejis –, trará para o evento livros como A Canção de Mayrube e O Canto dos Orixás.