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Luiza Gonçalves
Publicado em 4 de junho de 2025 às 21:30
Propósito foi a palavra-chave condutora das palestras na tarde do segundo dia do IV ESG Fórum Bahia, recebendo o jornalista e mentor de comunicação Felipe Suhre e a conselheira de empresas e iniciativas de impacto social, Jandaraci Araujo, para um momento de reflexão, aliando a intencionalidade e o pensar adiante na jornada mais sustentável e responsável de empreendedores e empresas. >
Em ‘Comunicação: a chave da conexão com os cooperadores e do fortalecimento do propósito’, Suhre apresentou a importância de pensar a comunicação como chave para pensar ESG nas empresas, a partir das trocas comunicativas assertivas, intencionais, em cuidado com o outro. Durante sua fala, o ex-repórter da TV Globo destacou a relevância de reconhecer a autorresponsabilidade comunicacional no processo de gestão de equipes e a importância do diálogo para a transmissão de valores, políticas de governança e do propósito de sua empresa.>
“Precisamos sair do automático, a comunicação não pode ser feita de qualquer jeito e não vou conseguir praticar essa fala que engaja e fortalece o propósito”, defende. O palestrante elencou ainda os diferenciais de uma comunicação assertiva em postos de liderança, perpassando por enxergar, escutar, ter presença e pertencimento. “O que você comunica constrói. E eu acredito fortemente nisso, sua forma de comunicar pode transformar uma equipe, um cliente e uma sociedade”, finalizou Suhre.>
Capitalismo Consciente >
“Não é sobre se vamos fazer e, sim, sobre quando e como. A gente não é mais o país do futuro, a gente é a solução”, enfatizou Jandaraci Araujo logo aos primeiros minutos da palestra ‘Lucro com Propósito: estratégia, impacto e valor compartilhado’. A presidente do Instituto Conselheira 101 trouxe ao IV ESG Fórum Bahia a potencialidade de pensar oportunidades de negócios no Capitalismo Consciente com maior propósito, liderança e cultura consciente, e foco nos stakeholders a partir de uma abordagem EASG.>
Na tradução para o português do ESG, a especialista acrescenta uma letra A (para ambiental), e agora o E (de environmental na sigla original em inglês) passa a figurar uma quarta dimensão essencial a ser pensada nas práticas ESG: o pilar econômico. “É trazer a perspectiva de negócios e de oportunidades de negócio. Existem muitas oportunidades partindo do modelo de transição para a energia de baixo carbono, carbono zero, por exemplo. E também para a gente falar de inclusão produtiva, há grandes oportunidades. Aumento de competitividade, criação de meios, mercados e geração de emprego. Empresas com práticas ESG atraem mais capital, reduzem risco e aumentam sua durabilidade”, defendeu a palestrante.>
Durante sua fala, Araujo exemplificou a funcionalidade dos quatro pilares, potencialidades em sua dimensão lucrativa e responsável, com geração de negócios locais com potencial global, conservação de recursos como ativo estratégico, valorização de saberes tradicionais e inclusão produtiva, sendo exemplo em certificação, gestão e infraestrutura verde. A consultora destacou ainda a pesquisa como uma das ferramentas essenciais aliadas às novas práticas de mercado, juntamente com a ousadia de trilhar um caminho que, mesmo sendo uma realidade atestada, ainda encontra barreiras nas empresas.>
“As grandes transformações na indústria do mercado não foram feitas pelas pessoas que temiam. Tudo que a gente conhece hoje foi feito por alguém que talvez teria sido tido como não normal, mas que tentou fazer diferente. Quando a gente está falando de capitalismo consciente, a gente está falando de negócio, sim. De lucro, sim. Mas um propósito maior”, finalizou. >