Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estúdio Correio
Publicado em 10 de junho de 2025 às 16:25
A clareza sobre os papéis existentes nas empresas exige um bom organograma funcional. Trata-se de uma representação gráfica da estrutura, destacando as relações funcionais e de hierarquias entre os diversos departamentos e cargos. >
Esse mapeamento facilita o funcionamento dos processos e oferece vantagens que impactam positivamente o clima organizacional. É uma forma de coordenar a empresa, fazendo as diversas partes operarem em harmonia.>
Abaixo, exploraremos seu conceito e suas principais vantagens. Continue a leitura e entenda para que serve o organograma funcional!>
Organograma funcional é um diagrama que ilustra a estrutura da empresa e apresenta os diversos departamentos, suas hierarquias e as relações entre eles. Ele também destaca as funções específicas de cada área e os cargos existentes.>
Nesse sentido, os organogramas podem ser diferentes de uma empresa para outra. Há organizações que adotam uma estrutura mais formal e hierarquizada, privilegiando a certeza e previsibilidade. Já outras removem relações de subordinação e tornam o sistema mais flexível, para serem mais ágeis e adaptáveis.>
Segundo Chiavenato, em Gestão de Pessoas: o Novo Capital Humano das Organizações, 4ed, as décadas de 1980 e 1990 foram marcadas por uma onda de reestruturação:>
“Muitas organizações deixaram de lado o organograma tradicional e passaram a inovar em termos de estrutura organizacional e organização do trabalho. E não o fizeram pela mera vaidade de ostentar uma estrutura moderna, mas pela imperiosa necessidade de se tornarem mais ágeis, flexíveis, inovadoras e rápidas no gatilho. Muitas delas comprimiram a hierarquia, cortaram níveis intermediários e inverteram as bolas, fazendo com que as pessoas que se relacionam com o cliente externo se tornassem os elementos mais importantes da organização.”>
As tecnologias do futuro podem tornar os organogramas funcionais ainda mais flexíveis. Afinal, em busca de mais criatividade e inovação, as hierarquias rígidas podem não ser o cenário ideal para diversas empresas. >
O organograma funcional é um norte importante para outros processos de gestão.>
O desenho expõe a estrutura da empresa e facilita a compreensão dos fluxos de trabalho, rotinas e processos existentes. A partir de então, podemos avaliar se o modelo atual é o mais indicado para os objetivos, identificando ineficiências para melhorar o desempenho.>
Com a tecnologia da informação, por exemplo, muitas empresas tornaram seus organogramas mais enxutos, reduzindo intermediários entre a alta gestão e os demais setores da empresa. Esse tipo de melhoria se torna possível à medida que enxergamos a estrutura dos cargos.>
Um organograma orienta as pessoas sobre as suas margens para decisão e ação. As empresas podem distribuir poderes e responsabilidades, em diferentes níveis de autonomia, para as pessoas. Um organograma faz essa decisão ser pensada, e não um resultado aleatório.>
Entre os exemplos, está o acesso às informações. Para preservar a segurança de dados, é essencial definir claramente quem tem permissão para acessar cada tipo de dado, em quais circunstâncias e com quais limites. Isso pode ser feito por meio de políticas de acesso bem estruturadas, como a implementação de níveis hierárquicos de permissão.>
Tudo isso se refina com o prévio conhecimento do organograma funcional.>
O organograma funcional também permite que as pessoas entendam como será o crescimento dentro da empresa. Ao mesmo tempo, os processos de educação corporativa são mais bem orientados. Afinal, existe conhecimento sobre os diferentes papéis, permitindo a reflexão sobre quais são as competências necessárias para exercê-los.>
As empresas também enxergam a sua demanda pela capacitação de lideranças. Podemos auxiliar as pessoas desde as lideranças de equipe até as posições executivas da empresa, desenvolvendo as habilidades humanas para essas posições.>
Além disso, existe a possibilidade de incentivo à liderança 360º. Esse conceito diz respeito às pessoas nos escalões médios da empresa, que, pela localização no organograma funcional, influenciam os colegas, seus supervisores e seus subordinados.>
Por fim, o desenho da estrutura da empresa é uma forma de compreender as características da cultura organizacional. Por exemplo, uma empresa com uma estrutura hierárquica rígida pode refletir uma cultura mais tradicional e centralizada, em que decisões são tomadas no topo e há pouca autonomia para os colaboradores.>
Já uma organização com uma estrutura horizontal ou matricial tende a ter uma cultura mais colaborativa. Existe menos busca por estabilidade e mais incentivo à participação ativa e à troca de ideias em diferentes áreas.>
O organograma funcional utiliza simbologia para proporcionar uma compreensão visual da estrutura empresarial. Cada departamento é representado por caixas ou retângulos, indicando os cargos e suas interconexões.>
Também são usadas linhas que os conectam e mostram as relações de supervisão e colaboração. Essas caixas e linhas, então, são distribuídas vertical e horizontalmente para apresentar cargos que estão no mesmo plano e diferenciar níveis hierárquicos.>
Essa visão gráfica pode ser complementada com documentos anexos que expliquem as responsabilidades, poderes e relacionamentos entre os papéis. Assim, o organograma funcional se torna uma ferramenta mais completa para orientar a organização.>
Os organogramas podem ser de diferentes tipos a depender de como os cargos e departamentos estão distribuídos na empresa. >
Vertical (clássico):>
O modelo clássico parte da liderança máxima da empresa (diretor, CEO etc.), com a criação de degraus. Nesse modelo, quem está abaixo na hierarquia recebe orientações, tarefas e diretrizes de quem está acima. Ademais, as posições prestam contas aos seus supervisores e recebem feedbacks para melhorar o desempenho.>
A última palavra é sempre do cargo superior. Por exemplo, se existe uma divergência entre um vendedor e o gerente, prevalecerá a decisão do gerente — ainda que, em alguns casos, o vendedor seja mais experiente no assunto em debate.>
Horizontal>
A distribuição horizontal dos cargos e departamentos busca reduzir as relações de hierarquia. Nesse modelo, a estrutura é mais plana e promove maior colaboração e autonomia entre as equipes. As decisões são tomadas de forma mais compartilhada, valorizando a especialização de cada profissional, independentemente do cargo.>
Isso facilita a comunicação e agiliza processos, reduzindo a burocracia. Por outro lado, pode apresentar riscos quando as equipes não demonstram as competências e experiências para receber um alto grau de autonomia.>
Setorial>
O organograma setorial é preponderantemente vertical, mas traz a divisão por áreas para lidar com a complexidade da gestão empresarial. Por exemplo, uma indústria pode ter um setor de vendas e um setor de produção, ambos respondendo à diretoria. >
Entre os setores, a divisão é horizontal porque estão no mesmo plano. Contudo, dentro deles, existe uma divisão vertical dos cargos.>
Matriarcal>
A estrutura matricial apresenta a flexibilidade como ponto-chave. Os poderes e responsabilidades variam conforme o tipo de projeto ou tarefa a ser realizada.>
Um membro do departamento de marketing, por exemplo, pode trabalhar sob a supervisão de outro profissional em um projeto específico. Ao fazer isso, esse integrante continuaria se reportando à sua liderança habitual, mas haveria flexibilidade para adaptação ao trabalho.>
Circular >
A opção pelo modelo circular acentua o feedback existente entre os cargos, além de reduzir hierarquias. Não só as pessoas estão lado a lado, mas simultaneamente são responsáveis por conceder e receber feedback sobre o trabalho.>
É uma forma, por exemplo, que pode ser adotada em times que trabalham por projetos. A pessoa que exerce seu papel, neste caso, terá sua tarefa afetada pelos demais, ao mesmo tempo, em que afeta o trabalho dos outros. Com isso, todos podem estar no papel de supervisores e supervisionados.>
Assim, a relação entre supervisor e supervisionado é uma troca constante, com mudanças de posição conforme o contexto.>
O organograma funcional apresenta benefícios para a comunicação, produtividade e clima organizacional.>
1. Aumento de produtividade>
A clareza nas funções e responsabilidades resulta em maior eficiência. Trata-se de reduzir a duplicidade de esforços e garantir que cada pessoa da equipe saiba exatamente o que se espera dela.>
2. Melhora na comunicação interna>
Ao visualizar as relações hierárquicas, os colaboradores conseguem comunicar-se de forma mais eficaz. As pessoas sabem a quem se reportar e até que ponto estão seus limites de atuação, evitando mal-entendido e melhorando a fluidez da informação.>
3. Trabalho em equipe>
A compreensão das interconexões facilita o trabalho em equipe. Todas as pessoas entendem como suas funções se relacionam com as de outros departamentos. >
4. Crescimento de carreira>
Um organograma funcional permite a identificação de oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional. Além disso, as pessoas passam a enxergar não apenas as promoções, mas as oportunidades em outros departamentos e setores. Com isso, são criados incentivos para motivação e permanência de talentos.>
5. Melhora na integração de novos colaboradores>
Novos membros da equipe podem se adaptar mais rapidamente ao ambiente de trabalho ao compreenderem a estrutura organizacional e suas funções desde o início. Não só o papel na organização estará claro, mas a rede de apoio que pode contribuir para sua adaptação ao trabalho.>
6. Transparência da organização>
A transparência resultante promove a confiança entre colaboradores e lideranças, fortalecendo a cultura organizacional. Além disso, um organograma funcional define relações de prestação de contas entre pessoas, permitindo mais clareza sobre o papel e desempenho de cada membro das equipes.>
7. Melhora o clima organizacional>
Ao promover a comunicação eficiente, definir expectativas e oferecer oportunidades de crescimento, o organograma funcional contribui para um clima organizacional mais saudável e positivo.>
A pesquisa de clima, como a oferecida pelo Great Place to Work (GPTW)Ⓡ, captura a percepção e satisfação das pessoas com a empresa. Por isso, é essencial para avaliar o impacto do organograma funcional no ambiente de trabalho. >
Ela permite identificar pontos de melhoria, medir a satisfação dos colaboradores e ajustar a estrutura organizacional conforme necessário, garantindo um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo.>
Como resultado, o organograma funcional pode ser melhorado continuamente, adaptando-se às mudanças ocorridas no ambiente de negócios. Tudo isso afetará o desempenho organizacional, contribuindo para mais produtividade e lucratividade nas empresas.>
Conheça mais sobre a pesquisa de clima organizacional e como ela pode ajudar, não apenas na criação de um organograma funcional, mas em diversos outros processos organizacionais.>
O que é organograma funcional?>
O organograma funcional é a representação visual, por meio de símbolos, dos cargos e departamentos, assim como de suas relações.>
Os tipos de organograma funcional são:>
vertical — cria cargos superiores e inferiores;>
horizontal — distribui cargos no mesmo plano;>
matriarcal — estabelece uma estrutura adaptável ao contexto;>
circular — todos supervisionam e são supervisionados.>
Por que o organograma funcional é interessante para o RH?>
O organograma funcional oferece clareza sobre a estrutura de cargos e departamentos, permitindo que o RH desenhe planos de carreira e capacite as pessoas conforme as necessidades das funções.>
O Great Place to Work é uma consultoria global especializada em cultura organizacional, presente em 97 países, que apoia empresas na construção de ambientes pautados na confiança, no alto desempenho e na valorização das pessoas. Conquistar a certificação GPTW é um reconhecimento que atesta a excelência na gestão de pessoas e o compromisso das organizações com o bem-estar dos seus colaboradores, além de fortalecer sua reputação no mercado.>
Pelo 12º ano consecutivo, o Jornal Correio se une ao GPTW na divulgação do ranking das Melhores Empresas para Trabalhar na Bahia. O resultado, que reflete a percepção dos próprios colaboradores sobre temas como clima organizacional, credibilidade, respeito e qualidade de vida no trabalho, será publicado no dia 17 de junho. A parceria entre a consultoria e o jornal reforça o compromisso de valorizar empresas que adotam práticas mais humanas, inovadoras e alinhadas aos desafios do mercado atual.>