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Brasil encara Jamaica em mata-mata antecipado na Copa do Mundo

Seleção precisa vencer para se classificar às oitavas sem depender de outro resultado

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 2 de agosto de 2023 às 05:00

Zagueira baiana Rafaelle disputa bola com a rainha Marta em treino do Brasil
Zagueira baiana Rafaelle disputa bola com a rainha Marta em treino do Brasil Crédito: Thais Magalhães/CBF

Agora ou nunca. O Brasil enfrentará a Jamaica, pela terceira e decisiva rodada do Grupo F da Copa do Mundo Feminina, em uma batalha de vida ou morte. Fora da zona de classificação, a Seleção corre o risco de uma raríssima eliminação precoce, e só uma vitória interessa para não depender de um resultado improvável. A partida será disputada nesta quarta-feira (2), às 7h, no estádio Melbourne Rectangular.

Depois de golear o Panamá, a equipe canarinha sofreu a frustrante derrota para a França, e se complicou na competição. São apenas três pontos somados, o que coloca a Amarelinha na terceira colocação. Está atrás da própria Jamaica, em 2º, e das francesas, que ocupam a liderança. Ambas têm quatro pontos. Só duas equipes, porém, avançam às oitavas de final.

Desta forma, o duelo ganha ares de mata-mata, e ganhar é necessário. Matematicamente, há uma chance de avançar em caso de empate, mas é muito remota: o Brasil teria que torcer para que o lanterna Panamá vença a França. Uma derrota para a Jamaica, por sua vez, marcaria o adeus da Seleção.

Seria um cenário surpreendente. Afinal, ainda que a Amarelinha não seja favorita ao título, era uma candidata clara a uma vaga nas oitavas. Afinal, chegou com um time forte, recheado de grandes jogadoras, e após um ciclo completo sob comando da multicampeã Pia Sundhage.

Para enfrentar a Jamaica, será preciso 100% de atenção, sem dar margem para erros. Diante da França, uma falha da marcação deixou Renard cabecear após escanteio e garantir o gol da vitória europeia por 2x1. A bola parada, aliás, é ponto forte das próximas adversárias.

"Eu acho que é ok você cometer um erro se aprender com ele. Temos a vantagem agora de falar dessa situação e ver como podemos nos ajudar. É óbvio o que aconteceu, mas achamos que estávamos preparadas e não aconteceu, cedemos o gol. Contra a Jamaica, a mesma coisa são as bolas paradas. Trouxemos isso, e as jogadoras compartilharam seus sentimentos e como podemos nos ajudar. Elas sabem o que queremos, agora temos algumas ações para melhorar e não fazer com que isso aconteça de novo", disse Pia Sundhage.

Cenário raro

O Brasil, aliás, não sofre uma eliminação na fase de grupos há 28 anos. Isso só aconteceu duas vezes. A primeira, na estreia do Mundial Feminino, em 1991, quando a equipe terminou em terceiro do Grupo B, atrás dos Estados Unidos - que se sagraram campeões - e Suécia. Com dois pontos, ficou à frente apenas do Japão.

Na Copa seguinte, disputada em 1995, mais uma queda na fase inicial. Dessa vez, com a última colocação em uma chave que tinha Alemanha, Suécia e Japão.

Desde então, a Seleção sempre avançou ao mata-mata. Para a maior estrela do futebol feminino brasileiro, a classificação virá. "Estou confiante e acredito que vamos seguir na competição", afirmou Marta.

A camisa 10 ainda não foi titular neste Mundial. Ela atuou 15 minutos na goleada sobre o Panamá e mais 14 minutos na derrota para a França. A Rainha se disse "preparada para jogar", mas ressaltou que a decisão cabe à treinadora. Pia, por sua vez, preferiu despistar.

"Essa "velha moça" é importante para todos nós, claro, por toda experiência que ela tem. Vamos ver. O plano de jogo contra a Jamaica é muito importante, porque é agora ou nunca. Então, temos uma chance para jogar um bom futebol e tentar vencer a partida", afirmou a técnica.

"Estudar a outra equipe é muito importante e passar às jogadoras que tipo de jogo está por vir também. Um empate 0 a 0, a Jamaica está dentro, um 1 a 0 para o Brasil, nós estamos dentro. Um gol muda o jogo totalmente. Então, é claro que estamos preparadas para isso", completou.

O Brasil, aliás, enfrentou a Jamaica na Copa de 2019 e ganhou por 3x0. A rival, porém, evoluiu muito desde então. Na edição passada, sofreu 12 gols na fase de grupos. Na atual, não foi vazada nos dois primeiros jogos - nem mesmo diante da França, quando empatou em 0x0. Em seguida, bateu o Panamá por 1x0.

Apesar de sua equipe jogar por um empate, o técnico Lorne Donaldson não tira os pés do chão. "É Davi x Golias. O Brasil é uma potência e será um desafio para nós. Sabemos que chegamos para a Copa do Mundo com o título de azarões, isso não é nenhuma novidade. Temos que entrar em campo e tentar estar à altura. Elas são muito habilidosas e sabemos que virão atrás de nós com tudo o que têm. Por isso, temos de estar preparados".

Para a partida, as Reggae Girlz terão o reforço de Khadija Shaw. Decisiva, a jogadora do Manchester City estava suspensa na rodada passada.