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Atual técnico do Leão precisa seguir os passos de Ney Franco para alcançar pontuação ‘mágica’ em 2024
Alan Pinheiro
Publicado em 12 de setembro de 2024 às 05:00
A briga do Vitória contra o rebaixamento é uma corrida contra o tempo. O objetivo final é salvar o clube rubro-negro da queda à segunda divisão do futebol brasileiro - e, para cumprir a missão, o técnico Thiago Carpini contará com mais 13 partidas apenas. O exemplo a ser seguido pelo treinador é se espelhar na campanha feita pela equipe em 2013, comandada, à época, por Ney Franco.
Neste momento, o Leão está na 18ª posição da Série A, com apenas 22 pontos conquistados em 25 jogos disputados. Para alcançar os 45 pontos, número tido como ‘mágico’ pelo senso comum para escapar do rebaixamento, o time terá que somar mais 23 pontos até o fim da competição. Ou seja, os comandados de Carpini vão precisar ter 56% de aproveitamento - número similar ao desempenho mostrado pela equipe de Ney Franco nos últimos 13 jogos do Brasileirão de 2013.
Naquele ano, o Vitória havia chegado à 25ª rodada com 37 pontos. Nas 13 partidas finais, ganhou seis compromissos, empatou quatro e perdeu outros três duelos, somando mais 22 pontos - um rendimento de 56,4%. No fim, acabou com 59 pontos, na 5ª colocação.
Dessa vez, a briga é no fim da tabela. Mas, caso Carpini consiga repetir o feito realizado há 11 anos, o Leão terminaria o Campeonato Brasileiro com 44 pontos, apenas um de distância para os 45 mágicos.
De acordo com os cálculos do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a chance de rebaixamento para um time que termine a Série A deste ano com essa pontuação é de apenas 10%. Já para os famosos 45 pontos, a probabilidade de queda é de somente 3%.
Não dá para arriscar
Considerando os 13 jogos finais das últimas cinco temporadas do Leão na Série A, apenas a campanha de 2013 seria suficiente para manter o clube no primeiro escalão do futebol nacional.
No período analisado, o pior rendimento aconteceu em 2018, quando o time vermelho e preto terminou a elite do Brasileirão rebaixado pela última vez. Naquela edição, a equipe ganhou apenas um jogo, empatou cinco e perdeu sete, somando apenas oito pontos de 39 possíveis. Repetir o aproveitamento de 20% deixaria o Vitória com apenas 30 pontos ao fim das 38 rodadas, bem longe do necessário para escapar da queda.
Em 2014 - outro ano em que o rubro-negro sofreu a queda - e em 2017, o aproveitamento nos 13 duelos derradeiros foi o mesmo: 35,9%, com 14 pontos somados. Se igualasse esse desempenho, o clube terminaria a Série A com 36 pontos, também sem condições de se manter na elite.
Já em 2016, a pontuação conquistada pelo rubro-negro baiano nos 13 duelos finais foi 16, com cinco vitórias, um empate e sete derrotas, rendimento de 41%. Repetir esse desempenho na atual temporada deixaria o Leão com 38 pontos. Segundo o Departamento de Matemática da UFMG, uma equipe que termine o Brasileirão 2024 com essa pontuação tem 98% de chance de rebaixamento.
Com a calculadora em mãos, o Vitória terá seu próximo compromisso neste sábado (14). Às 16h, a equipe encara o Atlético-GO, no estádio Antônio Accioly, pela 26ª rodada do Brasileirão.
Os 13 jogos finais nas últimas cinco campanhas do Vitória na Série A
2013: Seis vitórias, quatro empates e três derrotas - 22 pontos, ou 56,4% de aproveitamento
2014: Quatro vitórias, dois empates e sete derrotas - 14 pontos, ou 35,9% de aproveitamento
2016: Cinco vitórias, um empate e sete derrotas - 16 pontos, ou 41% de aproveitamento
2017: Três vitórias, cinco empates e cinco derrotas - 14 pontos, ou 35,9% de aproveitamento
2018: Uma vitória, cinco empates e sete derrotas - 8 pontos, ou 20,5% de aproveitamento