Ceni completa um ano no Bahia e mira voo alto no fim da temporada: ‘Fazer algo significativo’

Treinador repetiu feito alcançado por Evaristo de Macedo e Roger Machado

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Publicado em 9 de setembro de 2024 às 14:15

Rogério Ceni
Rogério Ceni foi herói do Bahia em 2023 e quer colocar o time na Libertadores do próximo ano Crédito: Letícia Martins/EC Bahia

Comandante do Bahia, Rogério Ceni completa nesta segunda-feira (9) um ano à frente do tricolor. O feito faz o treinador quebrar uma marca que apenas dois outros técnicos conseguiram no Esquadrão no século XXI: Roger Machado, entre abril de 2019 e setembro de 2020, e Evaristo de Macedo, entre fevereiro de 2000 e janeiro de 2002.

A lista poderia ser um pouco maior, mas, apesar de terem iniciado e finalizado uma temporada como treinador do Bahia, tanto Vadão quanto Arturzinho não completaram um ano no cargo. Vadão assumiu o tricolor em 12 de janeiro de 2004 e foi desligado oficialmente em 16 de dezembro do mesmo ano. Já Arturzinho - responsável pelo acesso do clube à Série B em 2007, chegou ao Bahia no dia 6 de dezembro de 2006 e deixou o clube no dia 3 de dezembro de 2007, a três dias de completar um ano no comando.

Segundo treinador do Bahia na 'Era City', Ceni chegou ao Esquadrão no ano passado para substituir Renato Paiva, que havia pedido demissão. Ele conseguiu a missão de manter o Bahia na Série A e assumiu o compromisso de tocar o projeto do clube na temporada 2024.

No período à frente do tricolor, Rogério Ceni comandou o time em 68 jogos, com um aproveitamento de 59.8%. Foram 37 triunfos, 11 empates e 20 derrotas. Além de livrar o Esquadrão da queda para Série B, ele ficou com o vice no Campeonato Baiano, foi eliminado na semifinal da Copa do Nordeste e agora mira uma vaga na Libertadores do próximo ano.

O time pode alcançar um lugar na competição internacional via Brasileirão, no qual é o 7º colocado, com 39 pontos, ou através da Copa do Brasil. Nesta quinta-feira (12), a equipe enfrenta o Flamengo, no Maracanã, pelo jogo de volta das quartas de final.

“Um treinador no Brasil ficar um tempo como esse à frente de um clube é de se valorizar bastante. Mostra também que conseguimos bons resultados. Sei que estamos em dívida com o torcedor em relação ao Baiano e Copa do Nordeste. Mas temos coisas boas que temos de lembrança, como a permanência na Série A ano passado […] e a mudança da característica de jogo, como eu acho que é legal ver o Bahia jogar […] é uma mudança, de um ano totalmente diferente do outro”, disse o treinador em entrevista ao canal oficial do clube.

ALTOS E BAIXOS

No Bahia, Rogério Ceni viveu altos e baixos na relação com a torcida. O ponto de maior atrito aconteceu após as derrotas nos clássicos para o Vitória e a perda do campeonato estadual. No entanto, a boa campanha do time no Brasileirão fez o treinador reverter o cenário. Em 2024, o Bahia igualou o seu melhor primeiro turno e briga no pelotão de cima.

“A relação com a torcida no estádio é fantástica, a atmosfera é muito legal. Esse é o prazer que você tem de trabalhar em clube grande, clube de massa. Eu joguei a vida inteira em um grande clube e trabalhei como treinador em outros quatro clubes, todos eles com a pressão, a alegria, o barulho e atmosfera dentro do estádio. Esse é o maior prazer. A vitória sobre o Corinthians foi marcante, esse ano também tivemos grandes jogos contra boas equipes, mas agora temos que tentar fazer algo significativo nesse restante de ano”, completou Ceni.