Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Moyses Suzart
Publicado em 28 de setembro de 2025 às 18:03
Rota recalculada. Após quatro jogos sem triunfos, o Bahia retornou aos trilhos da vaga para a Libertadores. A vítima foi o Palmeiras, diante de mais de 45 mil pessoas na Fonte Nova, por 1x0, com direito a um golaço de Ademir retornando de contusão. Um filme com final feliz após oscilação na competição e até pressão de torcida organizada.
>
Há mais de um mês que o tricolor não sabia o que era vencer. O último, contra o Santos, foi no dia 24 de agosto. Depois, derrotas para Mirassol, Cruzeiro e Vasco, além de um empate com o Ceará no meio do caminho. Com o resultado, o time baiano volta a encostar no G4, mas entra momentaneamente na pré-libertadores. Mas não é isso que o Bahia quer. O próximo adversário será o Botafogo, na quarta-feira (1), fora de casa. >
O primeiro tempo foi todo mundo encostado no muro para não deixar a retaguarda aberta. O duelo entre Bahia e Palmeiras começou cauteloso, com ambos buscando se impor, mas sem assumir riscos exagerados. O Bahia, jogando em casa e precisando reagir após sequência de resultados ruins, tentou construir mais pelas laterais e explorou as jogadas ofensivas com acompanhamentos pelos flancos. Já o Palmeiras, mantendo sua consistência habitual, procurou controlar a posse de bola e cadenciar o jogo no meio de campo. Apesar de boas chances, perigo de gol foi raro.>
Apesar de jogar melhor, o Tricolor, no entanto, sofria para criar chances claras dentro da área adversária, enfrentando marcação firme do Verdão. Do outro lado, o Palmeiras não desperdiçava oportunidades de acelerar o ritmo nos contra-ataques e apostava em incertezas das linhas de defesa do Bahia. Mesmo assim, faltava precisão nas conclusões: poucos chutes certeiros ao gol e maior disputa no setor intermediário. Como de costume, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, deu seus chiliques. O comandante reclamou de faltas duras do Esquadrão e do péssimo gramado da Fonte. Ele, inclusive, atribuiu suas duas baixas ainda no primeiro tempo à condição do tapete. >
Logo no apito para o intervalo, o Palmeiras afirmou que faria uma reclamação formal à CBF sobre as condições do gramado da Arena Fonte Nova. Lucas Evangelista e Piquerez sofreram com lesões e precisaram ser substituídos por Aníbal Moreno e Jefté, nesta ordem. >
Com o tempo passando, o Bahia passou a se lançar mais ao ataque, em busca de quebrar o impasse, enquanto o Palmeiras recuava levemente, confiando na eficiência e no controle. O panorama era de equilíbrio, mas com leve inclinação para o time baiano. Com enredo protocolar e o excesso de cuidado dos dois, o primeiro tempo acabou sem gols. >
O segundo tempo começou melhor. O Bahia voltou do intervalo pressionando e teve uma chance de ouro logo aos 2 minutos, quando Kayky furou a finalização na pequena área. Mas, com o tempo, o duelo voltou a ser semelhante ao primeiro. Chegou a ser chatinho. Ambos queriam vencer, mas ninguém queria propor o papel principal do confronto. Eram dois coadjuvantes esperando um erro do outro ou um lance crucial para definir o jogo. Logo nos minutos iniciais, o Bahia chegou pela direita com um cruzamento que exigiu atenção da defesa palmeirense. Pouco depois, o Palmeiras respondeu em contra-ataque puxado por Felipe Anderson, tentando surpreender com velocidade. >
Na última metade do tempo, o Bahia pressionou mais, arriscando chutes de fora da área e tentando infiltrações pelos corredores, mas esbarrava na marcação firme do Palmeiras. Este, por sua vez, quando recuperava a bola, mostrava capacidade de cozinhar o jogo e organizar passes com calma, sem se expor demais. >
Mas na Fonte, o Bahia é o Baêa. Numa crescente na partida, o Esquadrão finalmente abriu o placar, aos 32 do segundo tempo. Numa bela jogada que começou com o goleiro Ronaldo, Ademir, que retornou após um mês machucado, arrancou em contra-ataque rápido pela direita, bateu cruzado e acertou o ângulo do gol. Um golaço. >
Depois do gol, o Bahia passou a cozinhar o jogo e o Palmeiras parece ter se conformado com o placar. Produziu pouco, com uma pressão sem eficiência. Melhor para o tricolor, que voltou a vencer. >