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Carol Neves
Publicado em 11 de junho de 2025 às 08:02
Desde o grave acidente de esqui nos Alpes franceses em dezembro de 2013, Michael Schumacher não é visto em público. O maior campeão da história da Fórmula 1, com sete títulos, vive recluso e tem seu estado de saúde tratado com extremo sigilo por sua família. As informações sobre sua condição são raríssimas e os acessos, extremamente restritos.>
Segundo o jornal britânico The Telegraph, apenas três pessoas ligadas à Fórmula 1 têm autorização para visitar o ex-piloto alemão. Ross Brawn, Jean Todt e Gerhard Berger fazem parte desse seleto grupo. Brawn foi o diretor técnico das equipes Benetton e Ferrari durante a era de ouro de Schumacher e participou ativamente das conquistas dos sete campeonatos mundiais. Jean Todt, ex-dirigente da Ferrari, foi quem levou Schumacher à escuderia italiana em 1996 e, de acordo com a publicação, continua a visitá-lo com frequência. Já Berger, ex-piloto austríaco e amigo próximo da família, estreitou laços com Schumacher após a aposentadoria das pistas.>
Berger, vale lembrar, também tem uma relação histórica com Ayrton Senna, com quem correu na McLaren entre 1990 e 1992.>
Pouco se sabe oficialmente sobre a real condição de Schumacher. Em 2019, Corinna, esposa do piloto, declarou que o silêncio e a privacidade são um desejo do próprio Michael, sem entrar em detalhes, e pediu compreensão dos fãs. “Foi um pedido dele”, afirmou na ocasião.>
Mais recentemente, em março deste ano, o jornalista Felix Gorner, do grupo RTL, afirmou que o ex-piloto já não consegue mais se comunicar verbalmente e depende de cuidadoras em tempo integral.>
A luta da família para manter a privacidade de Schumacher também envolve episódios delicados. Em um caso recente, o tribunal de Wuppertal, na Alemanha, condenou três pessoas acusadas de tentar extorquir a família do piloto. Os criminosos exigiam 15 milhões de euros em troca de não divulgarem imagens e informações sigilosas sobre seu estado de saúde.>
A última aparição pública de Schumacher ocorreu há mais de uma década. Desde então, ele vive isolado, sob os cuidados de um pequeno círculo de confiança.>