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Viúva e filho do técnico Caio Júnior vão receber indenização da Chapecoense

Treinador foi uma das vítimas de acidente com voo que levava time da Chape para Colômbia

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 07:58

Caio Júnior
Caio Júnior Crédito: Divulgação/ACF

A família do ex-técnico Caio Júnior, vítima da tragédia da Chapecoense em 2016, venceu ação na Justiça e receberá indenização do clube. Não cabe recurso do clube quanto à decisão. O acidente aéreo, que matou Caio e outras 70 pessoas, completa nove anos no dia 29 de novembro.

A decisão favorável à família foi proferida pela 1ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região de Santa Catarina (TRT-SC). O processo segue em segredo de justiça, agora, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após recurso da família do ex-técnico.

A indenização aos familiares de Caio Júnior será por danos morais e materiais. Os valores e a base de cálculo ainda não foram definidos.

"Quem receberá a indenização será Adriana Saroli (viúva) e os dois filhos. Cada um deles receberá uma indenização por danos morais e danos materiais, além de uma pensão mensal, para a viúva e o filho mais novo. Porém, esse cálculo e os pagamentos serão iniciados após o julgamento no TST, que não deve ocorrer neste ano, apenas em 2026" explicou Ruy Barbosa, advogado da família de Caio Júnior, ao GloboEsporte.

Segundo ele, após o ministro do TST Sérgio Pinto Martins analisar o caso e decidir a base de cálculo, o caso retornará para SC e a família terá o direito de receber os valores do clube, que será intimado a pagar. Um dos cálculos que deve ser levado em conta neste caso é o da expectativa de vida do treinador, tendo como base a média feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ex-técnico tinha 51 anos na época do acidente, portanto, a expectativa de vida dele era de pelo menos mais 20 anos, a contar de 2016, segundo levantamento do IBGE de 2022. Direitos de imagem não entrarão na indenização e valores de pensão.

Adriana Saroli e Gabriel Saroli, que tinha 20 anos na época da tragédia, terão direito a ressarcimentos, multas e valores referentes ao Fundo de Garantia. A ação movida pela família teve como base a negligência da Chapecoense na contratação do voo fretado pela empresa boliviana LaMia.

O acidente

Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação Chapecoense para a partida de ida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu próximo de Medellín. A aeronave transportava jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas.

Em 2018, a Aeronáutica Civil da Colômbia concluiu a investigação e confirmou que o combustível do avião era insuficiente para o voo entre Santa Cruz, na Bolívia, e a Colômbia. O acidente ocorreu por esgotamento de combustível como consequência da falta de gestão de risco apropriada pela Lamia. Sem o combustível, os motores pararam de funcionar, e o avião planou até bater.