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Expansão de IA e metaverso são tendências para tornar as operações das empresas mais ágeis

Estudo Tech Trends, da Deloitte, também mostra que carência de mão de obra em tecnologia representa um desafio para a transformação digital

  • Foto do(a) author(a) Estúdio Correio
  • Estúdio Correio

Publicado em 28 de agosto de 2023 às 08:53

A história da Tecnologia da Informação (TI) aponta para a evolução de três tendências complementares: interação, informação e computação. E o futuro caminha na direção do fortalecimento de três características: simplicidade, inteligência e abundância. É uma trajetória construída com base na aliança entre inovação e investimentos das empresas.

Esse é, em geral, o panorama da transformação digital nos últimos anos, mapeado pela Deloitte, a maior organização de serviços profissionais do mundo, com 415 mil profissionais atuando em mais de 150 países. O resultado do esforço de monitoramento do impacto da tecnologia sobre os negócios, atualizado anualmente, se traduz na 14ª edição do relatório Tech Trends, publicada em 2023.

O estudo identifica as seis macro forças tecnológicas que, juntas, fornecem uma estrutura para a evolução contínua em direção a três estratégias: simplicidade, inteligência e abundância. Essas tendências revelam novas tecnologias e abordagens para oportunidades em áreas que valorizam a interação, informação, computação, negócios, cyber, trust e core modernization.

“Um número crescente de organizações, em todos os setores, está buscando acelerar seus esforços de transformação digital para tornar suas operações mais ágeis e eficientes, assim como para responder a flutuações de grande impacto na rotina e nas expectativas dos clientes. O relatório apresenta as estratégias e tecnologias que possivelmente conduzirão a novos planejamentos, a fim de promover a primazia dos negócios para a TI, minimizar riscos, otimizar o valor dos investimentos e trabalhar para construir confiança nos ecossistemas de negócios”, diz Ronaldo Fragoso, líder de alianças de negócios e do CIO Program da Deloitte.

Deloitte
Ronaldo Fragoso, líder de alianças de negócios e do CIO Program da Deloitte Crédito: Divulgação

O relatório apresenta as tendências que as organizações brasileiras devem acompanhar para ganhar agilidade em suas operações. São elas: a expansão das novas tecnologias de inteligência artificial (IA), a adesão a ecossistemas e arquiteturas descentralizadas e os experimentos com o metaverso – que tendem a tirar a internet das telas bidimensionais. Por outro lado, o trabalho revela que a falta de profissionais na área de tecnologia seguirá sendo um dos maiores desafios para que as organizações consigam promover a transformação digital de seus negócios.

“Cada tendência oferece oportunidades para testar novas abordagens e aprender e transformar tanto a tecnologia quanto os modelos de negócios. A transformação deve ser liderada por negócios e missões, alimentada não só por tecnologias já consolidadas, mas também por tecnologias emergentes, com o objetivo de criar e moldar novos mercados. O Tech Trends 2023 pode ajudar as organizações a nutrir o que temos agora enquanto navegamos para o que vem a seguir, construindo algo significativo, sustentável e favorável para o amanhã”, acrescenta Rodrigo Moreira de Oliveira, sócio de Technology Strategy & Transformation da Deloitte.

Deloitte
Rodrigo Moreira de Oliveira, sócio de Technology Strategy & Transformation da Deloitte Crédito: Deloitte

Caminho para o futuro

O trabalho aponta seis tendências que terão grande impacto para as empresas brasileiras no futuro próximo, com impactos para o restante da década. Conheça cada uma delas:

1. Abrindo caminhos para novas tecnologias de IA

A quantidade de diferentes ferramentas utilizando inteligência artificial cresce exponencialmente, enquanto as organizações ainda parecem encontrar dificuldades em explorar todos os ganhos que os algoritmos podem trazer. Empresas que se destacam no uso da IA geralmente são aquelas que utilizam a automação com robustez em todos os seus processos. O empecilho, porém, muitas vezes é a confiança. Existe ainda um receio por parte das organizações em automatizar processos complexos outrora exercidos por humanos

Quando se trata de grau de maturidade na adoção da IA, o Brasil ocupa a 39ª colocação em 62 países, segundo uma pesquisa da Tortoise Media. Por outro lado, o País é o líder do ranking na América Latina, e pode avançar com a tramitação do Marco Legal da Inteligência Artificial.

2. Além da nuvem: como controlar o caos do multiverso

As diferentes opções para uso da nuvem multiplicam as possibilidades de uso com maior rentabilidade e eficiência, mas produzem complexidades difíceis de gerenciar. Para simplificar o gerenciamento multicloud, algumas companhias usam ferramentas conhecidas como metacloud ou supercloud para reduzirem a complexidade dos ambientes ao fornecer, por meio de um painel de controle único, acesso a serviços como armazenamento e computação, IA, dados, segurança, operações, governança, desenvolvimento e implantação.

No Brasil, um dos líderes mundiais do uso de multiclouds, com 54% de adesão (contra 36% da média global), uma das abordagens mais utilizadas é o conceito de Site Reliability Engineering (SRE), que incorpora aspectos de engenharia de software a questões de infraestrutura, segurança e operação.

3. Nós confiamos em nós mesmos: ecossistemas e arquiteturas descentralizadas

Ecossistemas alimentados por blockchain estão se tornando chave para criar confiança digital. A cada dia que passa, novas empresas passam a utilizar aplicativos corporativos para blockchain a fim de se reinventar em um ambiente mais descentralizado.

Também conhecida como a “nova era da internet”, a Web3 engloba blockchain, criptomoedas, tokens não fungíveis (NFTs) e muito mais.A Web3 produz uma mudança que não é apenas tecnológica. Ao implementar a descentralização na prática, ela propõe novos modelos de propriedade, padrões inéditos para a formação de comunidades e oportunidades de negócios, apoiadas em ferramentas como blockchain, NFT e do metaverso. Utilizadas em todo o seu potencial, são ferramentas que abrem portas para mercados expressivos, como o dos games, e oferecem soluções para a questão urgente da cybersegurança.

Deloitte
Tech Trends Crédito: Deloitte

4. Conectar e expandir: a modernização da realidade salta a passos largos

Em vez de eliminar e substituir os sistemas legados, as organizações procuram cada vez mais trazê-los à era moderna, conectando e expandindo a tecnologias emergentes.

Os mainframes, por exemplo, pareciam que tinham os dias contados – resultado das dificuldades de integração com plataformas legadas, da agilidade limitada no desenvolvimento de novas soluções e da dificuldade em encontrar ou reter talentos para garantir o trabalho de manutenção. No entanto, o relatório da Deloitte aponta que, ainda assim, as organizações têm procurado melhorá-los, conectando-os com tecnologias mais recentes, como a IA. Esta abordagem pode encontrar um novo ponto de equilíbrio no futuro próximo.

5. Flexibilidade, a melhor habilidade: reimaginando a força de trabalho

No ano passado, muitas empresas se envolveram em uma competição acirrada por uma oferta limitada de talentos em tecnologia. O contexto, porém, mostrou que contratar apenas para necessidades pontuais não é a melhor estratégia a longo prazo. Ao invés de competir na escassez, líderes experientes têm rejeitado a ortodoxia de TI e passaram a buscar criar e cultivar seus próprios talentos.

A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom) estima que, até 2025, o déficit de profissionais de tecnologia pode alcançar 800 mil pessoas no Brasil. Esta falta de mão de obra qualificada representa um sério risco para o avanço da transformação digital do País, e as organizações estão cientes de que precisam agir com ações na direção da flexibilidade nas habilidades, do reskilling e do upskilling.

6. Imersão na internet para empresas

Por uma geração, a conexão com o mundo digital vinha sendo mediada por telas retangulares cada vez menores. Agora, o paradigma parece mudar novamente; desta vez, em direção a interfaces que levam os usuários a experiências visuais imersivas – incluindo o mundo digital conhecido como metaverso.

Ainda que o contato dos cidadãos com o metaverso esteja em estágio inicial, a tecnologia está em expansão no Brasil e no mundo.

Outro estudo da Deloitte, a Agenda, aponta que investimentos em cyber (segurança digital já fazem parte da estratégia competitiva das empresas. A ampla maioria (88%) dos entrevistados pretende investir nessas tecnologias ainda em 2023 – sendo que 42% afirmam que o farão ampliando o volume de investimentos já feitos nesta frente ao longo do ano, enquanto 46% manterão o volume de investimentos feitos no ano passado.

“A conscientização das empresas sobre os impactos de uma ameaça sobre a confiança do consumidor, a reputação e imagem e continuidade dos negócios é fundamental para que as organizações adotem, de forma estratégia e proativa, práticas adequadas de segurança cibernética.”, destaca Leonardo Moraes, sócio de Cyber da Deloitte.

Leonardo Moraes, sócio de Cyber da Deloitte
Leonardo Moraes, sócio de Cyber da Deloitte Crédito: Divulgação

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Agenda Bahia