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Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
A VLI, empresa logística que opera ferrovias, portos e terminais, administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) estiveram reunidas, na última semana, para debater o cenário logístico Baiano e discutir novas formas de parceria para atender aos setores produtivos do estado. Participaram do encontro o diretor comercial da VLI, Sebastião Furquim, o diretor-presidente da companhia das Docas da Bahia, Carlos Autran Amaral, e a diretora de Desenvolvimento e Relações com o Mercado, Ana Paula Calhau, juntamente com as equipes Comercial e de Relações Institucionais da VLI e da Codeba.“Mantemos um diálogo aberto e constante com representantes de diversos setores econômicos da Bahia, com o intuito de mapear as oportunidades que o estado apresenta. O encontro com a Codeba é extremamente relevante nesse sentido”, afirma Furquim.O corredor ferroviário que liga Bahia ao Sudeste é um importante ramal da FCA e conta com movimentações regulares de derivados de petróleo, cal, químicos, minério de ferro, minério de cromo, minério de magnesita (com destino ao Porto de Aratu e Minas Gerais), cimento (com destino ao Porto de Aratu) e contêineres. A circulação de cargas na Bahia registrou um crescimento no fluxo de cerca de 20% entre 2019 e 2020.>
A intenção de celebrar a parceria entre a Codeba e a VLI, visando buscar uma sinergia entre os modais ferroviário e aquaviário, foca o aumento de volume de cargas movimentadas no complexo portuário baiano.“Venho destacando a importância da participação do modal ferroviário na matriz de transporte de carga do setor de logística, alinhando-se produtivamente com o setor portuário, para o abastecimento do país e, consequentemente, impactando positivamente no desempenho econômico”, destaca Carlos Autran.FCA na Bahia Ao longo de 2021, a ferrovia registra novos volumes com grandes empresas na região. Um dos exemplos é a parceria com a Tora, em um novo serviço de movimentação de produtos da Braskem. A operação combina o uso de caminhões e trens para oferecer uma alternativa mais eficiente e sustentável ao mercado. O trajeto contempla aproximadamente 1.650 quilômetros de trechos de ferrovia entre os polos industrializados Camaçari (BA) e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). A complementação do deslocamento, executada pela Tora, via modal rodoviário, possibilita a interligação com outras cidades. VLI busca oportunidades de incrementar volume ferroviário. (Foto: divulgação/VLI) Renovação da FCA Renovação representa oportunidade de fortalecer atuação no estado (Foto: Gustavo Andrade) A concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) pode ser renovada a partir do processo, em andamento, envolvendo a VLI, atual concessionária e o governo federal. Um novo contrato de concessão estimulará investimentos, fomento de novas cargas, desenvolvimento regional, geração de empregos e impostos. Estima-se mais de R$ 3,5 bilhões de investimento no trecho baiano de circulação de trens entre o estado e o sudeste do país pela FCA. Esses recursos serão direcionados para melhorias na linha atual, como a troca de trilhos e dormentes e ainda a aquisição de dezenas de locomotivas.>
Esse processo está inserido num contexto de transformação do setor ferroviário brasileiro. As mudanças na relação entre empresas que administram linhas férreas e o poder público serão capazes de aperfeiçoar os contratos atuais, modernizar as operações e contribuir para o desenvolvimento de vários setores da economia nacional.>