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Portal Edicase
Publicado em 2 de maio de 2024 às 12:28
As avaliações de personalidade desempenham um papel fundamental nos processos de recrutamento e seleção, proporcionando uma visão mais completa das habilidades e características dos candidatos. No entanto, essa etapa muitas vezes gera incertezas entre os participantes dos processos seletivos. >
Por isso, Marilia Montagnoli, CHRO da Gupy, empresa de soluções de tecnologia para gestão de pessoas no Brasil, oferece esclarecimentos sobre o funcionamento e a importância desses testes, além de orientações para responder da melhor maneira possível. >
Inicialmente, é importante compreender que as avaliações de personalidade têm como objetivo identificar não apenas as habilidades e áreas de aprimoramento, mas também as atividades que os candidatos ou colaboradores realizam com mais facilidade ou dificuldade. Essa abordagem possibilita uma análise mais precisa e ampla por parte das empresas e dos profissionais de recrutamento, auxiliando na avaliação da adequação do candidato à vaga e à cultura organizacional. >
Porém, Marília Montagnoli pontua que as análises promovidas pelos testes são ainda mais profundas. “Elas buscam identificar características comportamentais, fornecendo insights sobre como um indivíduo se comporta em diferentes situações e seu desempenho no ambiente de trabalho”, afirma. >
Existem dois tipos principais de testes: objetivos, com respostas limitadas, e projetivos, que permitem respostas livres e interpretações pessoais. Para o especialista de RH, ambos são importantes e enfatizam características emocionais, comportamentais e temperamento. >
Os testes são aplicados por meio de questionários que identificam habilidades dos profissionais , agrupando-os com base em características comuns. Desenvolvidos por estudos psicológicos, eles são integrados a softwares para geração de relatórios, garantindo resultados precisos. >
Considerando a confiabilidade dos testes, Marilia dá uma dica crucial: “normalmente, a aplicação de avaliações de personalidade busca ajudar a pessoa recrutadora a entender a aderência do seu perfil à cultura da empresa — por isso, é fundamental que a pessoa candidata responda com sinceridade e não tente imaginar qual seria a resposta ideal para a pessoa recrutadora. Afinal, todas e todos queremos poder trabalhar em um ambiente com o qual nos identificamos e nos sentimos confortável para sermos nós mesmos”. >
Essa etapa possui diversos benefícios, incluindo identificação de competências, melhoria no desempenho, planejamento de sucessão, contratações mais acertadas e aprimoramento na gestão de talentos. >
“Não existem mistérios e segredos para um bom desempenho no teste de personalidade. A principal dica é exercer o autoconhecimento e responder sinceramente. Mas, além disso, é preciso ler com atenção, avaliar bem cada situação hipotética e não se deixar levar por medo de julgamento. Existem perfis de personalidades para diferentes oportunidades e é importante pensar no teste como um aliado na busca por uma vaga ideal para seu perfil”, finaliza a profissional. >
Por Rodrigo Dourado >