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Manter um estilo de vida saudável e equilibrado é fundamental para prevenir e aliviar a prisão de ventre
Portal Edicase
Publicado em 5 de março de 2024 às 13:25
A prisão de ventre, também conhecida como intestino preso, é uma condição gastrointestinal caracterizada pela dificuldade em evacuar regularmente. Conforme explica o gastroenterologista Ronaldo Carneiro Santos, ela pode ser identificada por esforço excessivo ao evacuar, fezes com consistência aumentada ou endurecidas, redução na frequência normal de evacuação (menos de 3 vezes por semana) ou sensação de ‘evacuação incompleta’.
De acordo com o médico, a prisão de ventre, algumas vezes, pode estar associada a hábitos de vida com baixa ingestão de líquido e de fibras na dieta e falta de atividade física regular. Mas, pode também estar ligada a outros fatores. “O uso de determinados medicamentos, quadros como a depressão e ansiedade, doenças metabólicas como o diabetes e o hipotireoidismo, além de doenças neurológicas”, explica.
Nesse sentido, o paciente com constipação intestinal deve procurar melhorar a qualidade de vida e eliminar os fatores que causam os sintomas, pois, além do desconforto, com o passar do tempo, o funcionamento do intestino piora e podem ocorrer outros problemas de saúde, como explica Ronaldo Carneiro Santos:
“Fissuras no ânus,hemorroidase divertículos intestinais são doenças bastante frequentes e associadas à constipação. Também cabe lembrar que a prisão de ventre aumenta a chance de desenvolvimento de câncer de intestino”, alerta o gastroenterologista Ronaldo Carneiro Santos.
Por isso, confira cinco hábitos saudáveis que auxiliam no combate ao intestino preso!
Alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, frutas, legumes e verduras, desempenham um papel essencial no funcionamento intestinal. “Favorecem o trânsito do intestino, já que eles exercem função importante na formação do bolo fecal e na manutenção da flora intestinal”, explica a nutricionista Ronimara Santos.
Outros alimentos que ajudam no funcionamento são: semente de linhaça , semente de chia, centeio, quinoa, amaranto, trigo integral, farinha de aveia, chia e cascas de frutas.
A água desempenha um papel crucial na digestão e na evacuação. A falta de hidratação torna as fezes mais secas e difíceis de passar pelo intestino. Recomenda-se beber pelo menos 2 litros de água por dia. Além disso, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína, pois podem desidratar.
“Podemos hidratar o organismo de duas maneiras: a ingestão de líquidos é a forma mais eficaz e inclui, além da água, sucos naturais, água de coco e chás como camomila, erva-doce e cidreira. A segunda forma ocorre por meio da ingestão de alimentos que possuem água na composição. Entre as opções que proporcionam mais hidratação, estão frutas e legumes, como melancia, morango, pêssego, abobrinha, pepino e tomate”, afirma Cintya Bassi, coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde.
A prática regular de exercícios ajuda a estimular a atividade intestinal. “ A atividade física regular ajuda no controle da massa corporal e do estresse, fatores diretamente associados ao intestino desregulado. Além disso, exercícios específicos melhoram o tônus das musculaturas abdominal e pélvica, fatores que auxiliam na prevenção e no tratamento dessas desordens”, explica o preparador físico Marcos Vinícius.
Ingerir alguns alimentos, dependendo da dieta, pode piorar a constipação em pessoas sensíveis. Estes incluem produtos lácteos, alimentos altamente processados, carnes vermelhas e comidas ricas em gordura e açúcares. “Dentro de uma alimentação diversificada , nenhum alimento causa prisão de ventre, mas, se o consumo for restrito em fontes de pouca fibra, o quadro pode ocorrer”, explica Ronimara Santos, nutricionista.
Criar um hábito regular de ir ao banheiro ajuda seu corpo a desenvolver um ciclo de evacuação consistente. Tente ir ao banheiro no mesmo horário todos os dias, preferencialmente após uma refeição, para aproveitar o reflexo gastrocólico, que é a movimentação do intestino desencadeada pela ingestão de alimentos.
Com a correria do dia a dia ou, até mesmo, pelo desconforto em fazer as necessidades fisiológicas fora de casa, muitas pessoas deixam de evacuar quando sentem vontade. “O cérebro passa a entender que não necessita mandar a mensagem para o intestino contrair adequadamente. Com o passar do tempo, a piora da peristalse, ou seja, contrações do intestino, passa a ser praticamente inevitável e, consequentemente, vem a piora progressiva da prisão de ventre”, explica Ronaldo Carneiro Santos.
Além de aliviar os sintomas associados ao intestino preso, essas práticas promovem um estilo de vida mais saudável e preventivo contra outras doenças. Lembre-se de que, em caso de constipação persistente, é importante consultar um profissional de saúde para orientação e tratamento adequados.