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Portal Edicase
Publicado em 4 de junho de 2024 às 14:29
O consumo de proteínas é essencial para o funcionamento do corpo, pois elas são fundamentais para a construção e reparação dos tecidos, produção de enzimas e hormônios, e manutenção da massa muscular. No entanto, é importante moderar a ingestão, pois o excesso – e dependendo do alimento – pode prejudicar a saúde. >
Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, em estudo publicado na revista Nature Metabolism, descobriram que dietas com mais de 22% de proteínas estão fortemente ligadas ao aumento do risco de aterosclerose, um fator determinante para doenças cardíacas. >
Raquel Siqueira, professora de Nutrição da Faculdade Anhanguera, adverte sobre os efeitos adversos do consumo excessivo de proteínas, especialmente de fontes animais ricas em gorduras saturadas e colesterol. “O acúmulo de placas de gordura nas artérias aumenta os riscos de doenças cardíacas, como aterosclerose, hipertensão e doença coronariana. Recomenda-se priorizar fontes magras de proteína e manter uma dieta equilibrada para preservar a saúde cardiovascular, especialmente entre os idosos”. >
Determinar uma quantidade ideal de proteína para promover a saúde do coração é uma questão complexa e multifatorial, que leva em consideração não apenas a saúde cardiovascular, mas também outros aspectos da saúde e do estilo de vida do indivíduo. >
“Para adultos saudáveis, as diretrizes dietéticas geralmente recomendam uma ingestão de proteínas que varia entre 10% e 35% das calorias totais consumidas diariamente. No entanto, é importante destacar que essa faixa é ampla e pode ser adaptada de acordo com as necessidades individuais e objetivos de saúde”, explica Raquel Siqueira. >
O tipo de proteína consumida é crucial para a saúde cardiovascular. A professora enfatiza que as de origem animal, especialmente aquelas presentes em carnes gordurosas e laticínios integrais, tendem a aumentar os níveis de colesterol LDL (colesterol ruim) e a pressão arterial, contribuindo para a aterosclerose e doenças cardíacas. Por outro lado, proteínas vegetais são isentas de colesterol e podem ajudar a reduzir a pressão arterial devido ao seu teor de fibras e antioxidantes. >
“Além disso, dietas ricas em proteínas vegetais estão associadas a uma redução na inflamação e melhoria na função endotelial, importantes para a saúde cardiovascular. Optar por proteínas vegetais pode beneficiar a saúde do coração, mas equilibrar a dieta é essencial para promover uma boa saúde cardiovascular”, afirma Raquel Siqueira. >
Pensando em auxiliar no equilíbrio entre proteínas e alimentos que podem minimizar os riscos para saúde cardiovascular, a professora lista alguns itens que podem ser aliados nesse processo. Confira: >
Salmão, atum, sardinha e truta são excelentes fontes de proteína magra, além de serem ricos em ácidos graxos ômega 3, benéficos para a saúde cardiovascular. >
Frango e peru são opções magras de proteína, desde que preparadas sem pele e cozidas de forma saudável. >
Feijões, lentilhas, grão-de-bico e ervilhas são fontes vegetais de proteína que também fornecem fibras, vitaminas e minerais, contribuindo para a saúde cardiovascular. >
Leite desnatado, iogurte natural e queijos magros são fontes de proteína e cálcio, importantes para a saúde óssea e cardiovascular. >
Fonte completa de proteína, os ovos são uma opção saudável quando consumidos com moderação e preparados de maneira adequada. >
Alternativas vegetarianas à proteína animal, o tofu e o tempeh são ricos em proteínas e podem ser incorporados em uma variedade de pratos. >
“É importante evitar o consumo excessivo de proteínas de origem animal ricas em gorduras saturadas e colesterol, como carnes processadas e produtos de charcutaria. Uma abordagem equilibrada, combinando fontes de proteína magra com outros nutrientes essenciais, como fibras, vitaminas e minerais, é fundamental para manter a saúde cardiovascular e reduzir os riscos associados a doenças cardíacas”, finaliza a professora de Nutrição. >
Por Camila Souza Crepaldi >