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Portal Edicase
Publicado em 12 de abril de 2024 às 01:25
Com o avanço da tecnologia e a crescente presença da internet no cotidiano, crianças e idosos se tornaram alvos frequentes de golpes cibernéticos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos utilizando a internet aumentou significativamente, assim como o acesso de crianças e adolescentes à rede mundial de computadores. >
Esse cenário, embora propicie uma maior conexão com familiares e amigos, também abre espaço para a atuação de criminosos digitais, como ressalta o especialista em segurança cibernética Longinus Timochenco, da Clear IT. >
“Crianças e idosos possuem um comportamento similar na internet, eles acreditam nas informações que aparecem em suas redes sociais, o que fornece um mapeamento para o criminoso sobre a vida e os interesses daquele usuário, facilitando o acesso a dados pessoais e a aplicação de golpes”, afirma. >
Diante desse contexto, torna-se essencial compreender quais são os golpes mais comuns direcionados a esses grupos vulneráveis e como podemos protegê-los. Confira a seguir! >
Conheça, a seguir, quais são os golpes aplicados em crianças com mais frequência. >
Por meio de perfis falsos, os criminosos espalham mentiras, notícias falsas ou imagens comprometedoras das vítimas, com objetivo de assustar ou envergonhá-las. Como reação, as crianças podem mudar o comportamento, tornando-se mais caseiras, ignorando contato com amigos e familiares e até mesmo desenvolvendo quadros de depressão. >
“É importante que os pais estejam atentos ao comportamento , verificando principalmente mudanças abruptas, como estar mais caseiro ou sair mais e pedir dinheiro com frequência e sem motivo”, evidencia Longinus Timochenco. >
Este é um tipo de abuso em que um agressor constrói uma conexão emocional com uma criança online visando abusá-la sexualmente ou explorá-la de outras maneiras, explica o especialista. “É comum acontecer em redes sociais e plataformas de conversa, sendo necessária a supervisão dos pais para que a criança não seja exposta a conteúdos inapropriados para a idade”, recomenda Longinus Timochenco. >
Neste crime,os criminosos obtêm informações pessoais de crianças por meio de roubo de documentos , invasão de sistemas que armazenam informações do menor (como escolas ou agências governamentais), phishing (enviando e-mails fraudulentos ou mensagens de texto) ou mediante mídias sociais. >
“A criança e os parentes ficam vulneráveis, uma vez que a imagem da criança pode ser utilizada para o falso sequestro até uso indevido da imagem por criminosos sexuais”, explica o especialista. >
Veja, abaixo, quais são os golpes mais comuns aplicados em idosos. >
No golpe financeiro , os idosos são induzidos a realizar empréstimos, que são falsos, tendo o dinheiro desviado para a conta de terceiros ou informações pessoais roubadas. É comum que os criminosos também entrem em contato por meio de chamadas ou mensagens de texto afirmando que computadores têm problemas. Assim, solicitam acesso remoto ou informações pessoais para “resolver” o problema, porém, na verdade, se trata do método golpista. >
Centenas de e-mails com promoções são enviados diariamente, assim como os famosos phishing , e-mails similares ao de empresas conhecidas que os golpistas utilizam para atrair a atenção de vítimas e roubar dados via links, mensagens de texto ou ligações. “Os idosos são persuadidos a oferecer informações e acabam sendo vítimas de crimes financeiros, roubo de identidade”, exemplifica Longinus Timochenco. >
Comum a todas as idades, alguns idosos podem se tornar vítimas de golpes de romance online , nos quais são enganados por pessoas que se fingem interessadas em um relacionamento romântico, mas, na verdade, estão apenas atrás de dinheiro ou informações pessoais. >
Segundo o especialista, os criminosos utilizam a carência e a manipulação para atrair a vítima, que, uma vez envolvida, muitas vezes não consegue sair da relação. “É comum que as vítimas apenas percebam o golpe quando o criminoso some ou algum familiar descobre, infelizmente”, explica Longinus Timochenco. >
O especialista em segurança cibernética da Clear I. entende que a forma de auxiliar crianças e idosos, apesar de diferente, parte do mesmo princípio: educação digital e conscientização sobre golpes online. “As crianças devem ser supervisionadas enquanto navegam na internet, especialmente quando são mais novas e menos experientes. Isso ajuda a garantir que elas não acessem conteúdo inadequado ou interajam com pessoas desconhecidas. Enquanto isso, os familiares precisam ajudar os idosos a criar e gerenciar senhas seguras para suas contas online e ser incentivados a não compartilhar informações pessoais ou financeiras através de mensagens não seguras ou em sites não confiáveis”, completa. >
Por Luana Moraes >