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Portal Edicase
Publicado em 11 de março de 2024 às 15:25
Criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1883-1967) por volta de 1900, o pilates oferece muitos benefícios para o corpo e a mente, atendendo necessidades de públicos bem distintos, como atletas, bailarinos, idosos, gestantes e pessoas em reabilitação.Uma revisão de estudos publicada na Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde mostra, por exemplo, que as aulas são capazes de apurar o equilíbrio dos mais velhos, algo fundamental para evitar quedas e lesões. >
De acordo com a fisioterapeuta Ana Luisa Marçal, o pilates é “um conjunto de exercícios que são realizados no solo ou em equipamentos exclusivos. A prática visa o total e completo controle e conexão entre corpo e mente, devolvendo e restaurando a saúde de indivíduos em condições patológicas”. >
Além disso, ainda conforme a profissional, a prática também ajuda a promover qualidade de vida para pessoas saudáveis, melhora a postura, contribui para maior mobilidade articular, alivia de tensões, entre outros benefícios. >
Abaixo, a fisioterapeuta Ana Luísa Marçal responde algumas das perguntas recorrentes sobre o pilates. Confira! >
Segundo a especialista, como envolve exercícios físicos, a prática do pilates vai promover a queima de calorias, mas este não é o principal objetivo do método. “O foco do pilates é a tonificação da musculatura. Mas, dependendo dos movimentos realizados, ou seja, de acordo com algumas variáveis, como intensidade dos exercícios e o metabolismo do paciente, por exemplo, a prática pode favorecer a perda de peso. No entanto, para quem deseja emagrecer, é sempre indicada a associação da prática do pilates com atividades aeróbicas, como a caminhada e com uma alimentação balanceada”, afirma. >
O pilates envolve a necessidade de extrema concentração. Ao realizar os movimentos, o paciente deve permanecer focado em si, e não no espaço à sua volta. Quando o método é praticado por muitas pessoas ao mesmo tempo, é bem mais fácil que o indivíduo disperse a atenção. >
Além disso, orientando muitos pacientes ao mesmo tempo, o profissional acompanhante não consegue realizar um atendimento mais personalizado, de acordo com as necessidades e limitações individuais, o que é essencial para a garantia de resultados efetivos e seguros com a prática do Pilates. “Logo, o mais indicado é que o pilates seja praticado por, no máximo, dois pacientes ao mesmo tempo em um estúdio e não em grupos com muitas pessoas”, comenta Ana Luisa Marçal. >
A depressão é considerada uma doença que envolve alterações químicas no cérebro do indivíduo. Os exercícios físicos são capazes de melhorar as conexões do cérebro e regular todos os neurotransmissores, ajustando, assim, a química cerebral como um todo. A presença de hormônios é normalizada, como é o caso da serotonina, que regula o humor, da endorfina, que aumenta o bem-estar, e da adrenalina, relacionada à emoção. >
“O pilates é uma técnica que trabalha o corpo e a mente em conjunto e apresenta um repertório variado de exercícios que não estimulam o desgaste físico, gerando bem-estar ao praticante e contribuindo com vários benefícios aos pacientes com sintomas depressivos”, afirma a fisioterapeuta. >
Na verdade, o método proporciona uma correção adequada da postura. A melhora postural faz com que o paciente se posicione corretamente, assumindo uma altura que parece ser maior do que a altura que era mantida anteriormente. >
Portanto, quem pratica pilates tem a sensação de que cresceu alguns centímetros, mas, na verdade, foram os exercícios que promoveram um alongamento da postura e uma conscientização sobre hábitos posturais corretos. >
Quem procura pelo pilates tem, geralmente, por principal finalidade manter o corpo saudável, além de obter melhor forma física, uma vez que a técnica cultiva o fortalecimento do corpo e a definição muscular, enquanto o yoga é ideal para quem busca, especialmente, uma sensação de bem-estar, equilíbrio e paz. >
Para quem sofre de dores, principalmente nas costas, ou que está em processo de recuperação de alguma lesão, o pilates é uma excelente opção, pois reúne exercícios específicos que podem beneficiar o tratamento. Pilates e yoga garantem inúmeros benefícios à qualidade de vida do praticante, porém, cada um trabalha de maneira distinta e bastante específica. >
“Eleger qual atividade é melhor para si é tarefa pessoal, até porque o conceito de melhor está, intimamente, ligado a objetivos e metas. Logo, a escolha deve corresponder ao seu foco”, diz a fisioterapeuta. >
Quando os exercícios não são praticados corretamente, costas e joelhos são regiões do corpo que podem facilmente ser lesionados. Por isso, de acordo com Ana Luísa Marçal, antes de qualquer coisa, é preciso fortalecer a musculatura que estabiliza essas articulações. “Chamamos musculatura profunda. Também no caso das costas, é necessário trabalhar mobilidade, e joelhos, respeitar a angulação de proteção da patela”, finaliza. >
Ana Luisa Marçal >
Fisioterapeuta. Possui formação em pilates solo e aparelhos para patologias da coluna e estabilização segmentar vertebral, além de especialização em fisioterapia Neurofuncional pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. >
Por Julia Vitorazzo >