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Portal Edicase
Publicado em 14 de março de 2024 às 16:26
No dia 14 de março, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Incontinência Urinária. Essa é uma condição em que ocorre o vazamento involuntário de urina. A data tem como principal desafio desmistificar a vergonha em torno desse assunto. >
É crucial entender que a incontinência urinária é uma questão importante , e quanto mais cedo o paciente buscar um diagnóstico preciso e receber tratamento adequado, melhor será sua qualidade de vida. Isso permite que eles retornem às suas atividades diárias com mais segurança e saúde. >
“É preciso ‘quebrar a barreira’ de falar sobre o tema e enfrentar o problema que, no Brasil, cresce cada vez mais entre as mulheres acima dos 40 anos”, afirma José Carlos Truzzi, Doutor em Urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). >
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária afeta cerca de 10 milhões de pessoas, sendo mais comum em mulheres entre 40 e 70 anos, que representam 37% dos casos. >
Elas têm uma predisposição maior ao desenvolvimento da incontinência urinária por variados motivos, incluindo diferenças anatômicas, como o comprimento mais curto da uretra em comparação com os homens, tornando-as mais suscetíveis a infecções. >
Além disso, a gravidez e o parto também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição, já que durante esse período os músculos do assoalho pélvico sofrem mudanças significativas devido às alterações corporais. >
O diagnóstico da incontinência urinária envolve uma abordagem multidisciplinar, começando com uma avaliação médica detalhada. O médico geralmente inicia a investigação com uma entrevista clínica minuciosa para entender os sintomas do paciente, incluindo a frequência e gravidade dos episódios de perda de urina. >
Além disso, pode ser solicitado ao paciente que mantenha um diário miccional para registrar padrões de micção e episódios de incontinência. Exames físicos também são realizados para avaliar a saúde geral e identificar possíveis causas subjacentes da incontinência. >
Existem três tipos principais de incontinência urinária. Veja abaixo: >
“Vale lembrar que, independentemente do tipo de Incontinência Urinária, existe tratamento e o paciente precisa estar atento para identificar os sinais e sintomas que sinalizem a busca por ajuda médica”, recomenda José Carlos Truzzi, doutor em Urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). >
Existem diversos tratamentos disponíveis para a incontinência urinária, que variam de acordo com a causa subjacente e a gravidade dos sintomas. Para casos leves a moderados, as terapias comportamentais, como exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, podem ser eficazes. Em todo caso, é fundamental procurar ajuda médica. >
“Vale ressaltar que, sem diagnóstico e tratamento, a paciente que tem IU acaba tendo a maioria de suas atividades de rotina prejudicadas por conta dos escapes de urina, acarretando situações de desconforto e problemas de saúde mental que comprometem a qualidade de vida”, finaliza José Carlos Truzzi. Por Danilo Tovo em colaboração com Redação EdiCase >