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83,67% dos baianos não tomaram vacina bivalente

Especialista ressalta importância de atualização do ciclo vacinal para evitar complicações mais graves

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 7 de novembro de 2023 às 06:00

Bivalente protege do vírus original e das cepas novas Crédito: Agência Estadual de Notícias do Paraná

Em meio ao crescimento de casos de Covid-19 na Bahia no últimos 15 dias, especialistas apontam a necessidade de atualização do ciclo vacinal com a bivalente, responsável por promover a imunização para novas variantes do vírus da Covid-19, além da linhagem original. No estado, 83,67% não tomaram a dose bivalente do imunizante, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Esse número corresponde a 1,33 milhão de pessoas, das 4,09 que estão aptas a receber.

Até às 17h56 da última segunda-feira, os dados do Acompanhamento da Cobertura Vacinal Covid-19, atualizado em tempo real, indicava que apenas 16,33% da população acima de 12 anos, público-alvo, havia tomado o reforço bivalente.

Essa baixa adesão é uma preocupação para a comunidade médica. De acordo com o médico infectologista Robson Reis, professor da Escola Bahiana De Medicina e Saúde Pública (EBMSP), a bivalente é uma vacina mais preparada para as novas variantes do vírus da Covid.

"A vacina bivalente está mais adaptada para as linhagens do vírus, que surgiram após a linhagem inicial, e vai proteger a pessoas da linhagem original e das novas cepas já identificadas. Por isso, é importante que as pessoas tomem a bivalente", explica.

Ainda conforme o especialista, as pessoas que estão com o ciclo vacinal atualizado apresentam quadros mais brandos caso sejam contaminadas pelo vírus. "As pessoas que estão vacinadas costumam ter quadros mais brandos. A pessoa não vacinada costuma ter febre mais alta e corre maiores riscos de complicações, como acometimento pulmonar mais grave, que leva a insuficiência respiratória e até mesmo o óbito", pontua Reis.

O CORREIO ouviu ao menos sete pessoas que tomaram pelo menos duas doses de vacinas monovalentes, estão aptas para o reforço bivalente, mas ainda não atualizaram o quadro vacinal. O motivo foi praticamente unânime: seis das sete não tomaram por falta de interesse.

É o caso da estudante universitária Luana Leal, 21 anos. Moradora de São Caetano, em Salvador, ela tomou três doses de vacinas monovalentes, sendo que a última foi aplicada em março do ano passado.

"Não tomei por falta de interesse mesmo, mas acho que a mídia não divulga mais a importância da vacina como antigamente. Não vejo aquele incentivo como na pandemia de fato", afirma, salientando que vai atualizar o ciclo vacinal, mas não sabe quando.

A mesma coisa aconteceu com a jornalista Amanda Maria Azevedo, 25. Segundo a assessora de comunicação, ela sempre atualizava a carteira de vacinação assim que as doses estavam disponível para sua faixa etária. No entanto, deixou o hábito para atrás com a bivalente.

"Sempre que autorizavam nova dose, eu corria para o posto para atualizar a vacinação, mas acabei relaxando com a bivalente porque cai na besteira de pensar que, como já tenho as 4 doses, caso eu pegue o vírus, a doença não será tão grave", diz.

Após a irmã mais nova, Maria Caroline Azevedo, 21, ter sido diagnosticada com Covid na segunda-feira (30), a jornalista afirma que deve atualizar o quadro de vacinas contra a Covid assim que a irmã sair da quarentena.

O estudante universitário Johnson Bruno Pacheco, 22, até tentou tomar o reforço bivalente, mas a rotina de trabalho e estudos interfere na atualização do quadro vacinal. "Eu não encontrei um tempo para tomar o reforço. Quando tive a oportunidade, o posto do bairro estava fechado. Fui no posto três vezes, mas ele não estava aberto", explicou. 

 Aumento dos casos de Covid-19 no estado

Nos últimos 15 dias, um crescimento de 194% de casos confirmados na Bahia foi notificado - aumento é registrado em comparação à quinzena anterior. De acordo com números da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde, Sesab, 1.519 casos foram registrados entre 23 de outubro a 5 novembro.

De 9 a 23 de outubro, o estado havia registrado 516 casos. Conforme a Sesab, o mês passado registrou cinco mortes por Covid-19 e dez casos foram notificados em períodos anteriores. Nos primeiros cinco dias de novembro, três pessoas morreram por causa da doença.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro