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Alerta: 9 sinais que o intestino dá que não podem ser negligenciados

Referência no cuidado integral da saúde, médico Italo Almeida foca na prevenção e tratamento por meio de mudanças de hábitos e comportamentos relacionados ao estilo de vida

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 22 de maio de 2025 às 11:02

Médico Alerta: 9 sinais que o intestino dá que não podem ser negligenciados
Médico Alerta: 9 sinais que o intestino dá que não podem ser negligenciados Crédito: Divulgação

Referência no cuidado integral da saúde, o médico neurologista Italo Almeida é especialista em prevenir e tratar doenças tendo como norte a chamada Medicina do Estilo de Vida. A abordagem médica, baseada em evidências científicas, foca na prevenção, tratamento e até reversão de doenças crônicas em fase inicial, por meio da modificação de hábitos e comportamentos relacionados ao estilo de vida.

Quando se trata de saúde intestinal, Almeida destaca a importância do autocuidado durante toda a vida, a fim de prevenir diagnósticos de doenças graves, como o câncer intestinal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, com mais de mil novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Nesta entrevista, o especialista fala sobre doenças intestinais, a poderosa conexão entre cérebro e intestino, e como hábitos simples — alimentação, sono, prática regular de atividade física e manejo do estresse — podem impactar positivamente a saúde.

  • Quais sinais e sintomas relacionados ao intestino são negligenciados no dia a dia, mas que merecem atenção redobrada?
    Inchaço abdominal frequente, presença de muco ou sangue nas fezes, gases em excesso, desconforto abdominal, alterações de humor, problemas de pele, dificuldade de perder peso, infecções frequentes e cansaço constante são alguns dos sintomas que devem ser acompanhados de perto por um especialista para que seja possível evitar doenças graves, como câncer e outras patologias.

  • É possível dizer que o intestino tem conexão direta com as emoções? Como o estresse e a ansiedade podem afetar a saúde intestinal?
    O funcionamento do cérebro e do intestino andam lado a lado. Essa ligação faz com que o sistema digestório seja diretamente afetado por nossas emoções e sentimentos.  O eixo cérebro-intestino funciona como uma via de mão dupla, mediada principalmente pelo nervo vago. Isso significa que situações de estresse e ansiedade podem afetar diretamente o funcionamento intestinal, provocando sintomas como dor abdominal, diarreia, constipação, inchaço e desconforto.
    Da mesma forma, alterações na microbiota intestinal, como a disbiose, também impactam negativamente o cérebro, contribuindo para o agravamento de quadros emocionais, como ansiedade e depressão. Essa conexão demonstra como a saúde mental e a saúde intestinal estão profundamente interligadas.

  • Existe uma frequência ideal para o funcionamento do intestino?
    Sim, existe uma frequência considerada ideal para o funcionamento intestinal, para todas as pessoas. É importante a regularidade e a qualidade das evacuações. Uma faixa considerada "saudável" é de evacuações diárias e até 3 vezes por dia. A falta de regularidade é utilizada muitas vezes para diagnóstico de distúrbios gastrointestinais. Tão importante quanto a frequência, é observar sinais: esforço para evacuar (não deve haver dor ou necessidade de forçar), formato das fezes (consistência normal, macia, em formato de salsicha), esvaziamento completo (sem a sensação de que “ficou algo para trás”) e ausência de sintomas clássicos, como dor abdominal, inchaço, flatulência excessiva ou sangramento.

  • Quais cuidados podem reduzir significativamente o risco de desenvolver um câncer no intestino?
    A redução do consumo de produtos ultraprocessados, excesso de açúcar, do uso de cigarro e bebidas alcoólicas são algumas dicas que podem parecer clichê, mas são extremamente relevantes para a saúde. Esse combo de bons hábitos atrelado a atividade física regular e sono de qualidade deve fazer parte dos cuidados de quem quer uma vida longa e saudável. Água, alimentação variada e balanceada rica em frutas e verduras, pelo menos 30g a 40g de fibras diariamente (em torno de 5 frutas e 3 vegetais) contribuem para o bom funcionamento do sistema digestivo.

  • No contexto do câncer de intestino, quais terapias complementares têm mostrado bons resultados associados a tratamentos convencionais?
    Diversas terapias complementares têm sido estudadas para melhorar a qualidade de vida, reduzir efeitos colaterais e fortalecer o organismo durante os tratamentos convencionais, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Uma das mais promissoras é a suplementação individualizada, que visa corrigir deficiências, melhorar o estado nutricional e fortalecer o sistema imunológico, reduzindo complicações e favorecendo a recuperação.
    Outra abordagem muito utilizada é a acupuntura, que tem mostrado benefícios no controle de náuseas, vômitos decorrentes da quimioterapia, dores e sintomas de ansiedade e insônia. A prática de técnicas de respiração, como o pranayama, também reduzem significativamente os níveis de estresse e melhoram a resposta imune, aspectos fundamentais durante o tratamento oncológico. Por fim, recursos como a biorressonância podem ser usados como apoio para equilibrar energias corporais e promover o bem-estar, sempre em conjunto com o tratamento médico convencional e com a devida orientação profissional.

  • Como a medicina integrativa pode atuar na prevenção e no suporte ao tratamento de doenças intestinais, como o câncer?
    A medicina integrativa atua de forma essencial na prevenção e no suporte ao tratamento de doenças intestinais, como o câncer, e de várias outras patologias. A medicina integrativa considera o paciente como um todo — corpo, mente e estilo de vida. No caso da saúde intestinal, o foco é na modulação da microbiota (equilíbrio das bactérias intestinais), redução de processos inflamatórios crônicos e fortalecimento do sistema imunológico.
    Para isso, são utilizados recursos como a nutrição personalizada rica em fibras, prebióticos e probióticos, o gerenciamento do estresse (que influencia diretamente a saúde do intestino via eixo cérebro-intestino), a prática de atividade física regular, técnicas integrativas como meditação, além da avaliação e correção de deficiências nutricionais específicas. Tudo isso associado à medicina convencional, em sinergia com os tratamentos tradicionais, como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia quando necessários. Essa visão integrativa potencializa a resposta do organismo ao tratamento, melhora a qualidade de vida e contribui significativamente para a prevenção de novos desequilíbrios.

  • E a modulação intestinal? Como funciona?
    A microbiota é o conjunto de micro-organismos que vivem em nosso corpo, principalmente no intestino. Ela inclui bactérias, fungos, vírus e arqueias, e desempenha funções essenciais como auxílio na digestão, produção de vitaminas (como K e B12) e regulação do sistema imunológico. A modulação da microbiota intestinal, através de dietas anti-inflamatórias e probióticos específicos têm ganhado destaque, já que um intestino saudável pode ajudar na resposta ao tratamento e na recuperação da mucosa intestinal após agressões químicas. Terapias psicossociais, como a psicoterapia e a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), também são essenciais para apoiar o enfrentamento emocional do paciente, favorecendo um estado mental mais positivo e colaborativo para o tratamento.

  • A medicina integrativa costuma olhar para o paciente como um todo. Como isso pode beneficiar quem está em tratamento oncológico?
    A Medicina Integrativa considera o paciente como um todo — corpo, mente e emoções — oferecendo suporte além do tratamento convencional. Para quem enfrenta um câncer, isso significa cuidar da nutrição, fortalecer o sistema imunológico, gerenciar o estresse emocional e melhorar a qualidade de vida. Nutrição personalizada, práticas de relaxamento, suporte psicológico e atividade física adaptada ajudam a reduzir efeitos colaterais, aumentar a disposição e trazer mais equilíbrio para enfrentar o tratamento com mais força e serenidade.