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Bruno Wendel
Publicado em 13 de setembro de 2017 às 15:23
- Atualizado há 2 anos
A pistola ponto 40 do investigador da Polícia Civil Luiz Santos de Jesus, executado no dia 14 de junho, na Liberdade, foi encontrada em uma casa usada como ponto de encontro da quadrilha de assaltantes no bairro. Três dos quatro envolvidos no crime foram apresentados nesta quarta-feira (13). Na ação, um adolescente foi apreendido >
O policial civil foi atingido quando entrava no seu veículo, nas proximidades da Ladeira da Esperança. Luiz era lotado na Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Dreof).>
“Através de investigações, chegamos a uma casa abandonada que era usada pela quadrilha para planejar suas ações. Apuramos se a arma foi usada pela quadrilha”, declarou o delegado Luiz Henrique Costa Ferreira, titular da 2ª Delegacia (Lapinha). A arma foi encontrada no Beco do Sabão, localidade entre a Liberdade e a Calçada.>
Foram presos: Lucas Santos Oliveira, o Nico, 22 anos, Uelton Santos de Oliveira, o Camelo, 25, e Josué Santos da Silva, o Divinéia ou Corinthians, 23. Um adolescente de 17 anos, que também participou do crime, foi apreendido. O líder do bando, Adriano Luis Rocha Dantas, conhecido como Pé-de-Ferro segue foragido. Os mandados de prisão e apreensão foram expedidos pela 6ª Vara Crime. >
Segundo o delegado Odair Carneiro, da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), Lucas foi quem atirou no policial. Ainda segundo ele, a quadrilha é responsável por aproximadamente 30 assaltos somente este ano na região da Liberdade. “Todos já respondem por assalto”, declarou Odair. Na ordem, da esquerda para direita: Josué, Lucas e Uelton, acusados de envolvimento na morte do policial civil da Dreof (Foto: Bruno Wendel/CORREIO) Prisões Lucas foi preso no município de Sátiro Dias. Uelton foi capturado na localidade de Lama Preta, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), e Josué foi preso no Beco do Sabão, onde um adolescente de 17 foi apreendido e posteriormente conduzido à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). “Todos estavam na casa de parentes”, disse o delegado Odair Carneiro. >
Apontado pela polícia como o autor do tiro que matou o policial, Lucas negou o disparo. “Não matei ninguém. Não vi quem foi. Na hora do tiro, saí correndo”. Num segundo momento, ele responsabilizou outra pessoa pelo disparo. “Quem atirou foi Pé-de-Ferro. Só tenho isso a dizer”, declarou. >
Josué mora na região do Comércio. “Eu apenas dirigia o carro”, declarou ele, ao ser questionado sobre a participação de todos os criminosos na morte do policial. Segundo ele, nunca foi preso. >
Já Uelton disse que não participou da ação. “Me puseram aqui”, disse ele, que não revelou onde e com quem estava na hora do crime. Uelton disse que já participou de um crime. “Mas não quero dar detalhes”, declarou. >