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Cerca de 220 empresas recebem selo da Diversidade Étnico-Racial em Salvador

CORREIO e outros veículos da Rede Bahia também foram certificados

Publicado em 19 de dezembro de 2023 às 15:54

Funcionários representaram os veículos da Rede Bahia
Funcionários representaram os veículos da Rede Bahia Crédito: Arisson Marinho/ CORREIO

Representantes de 223 empresas de diversos segmentos receberam, nesta terça-feira (19), o selo da Diversidade Étnico-Racial de Salvador. A iniciativa foi criada pela Prefeitura como um reconhecimento pelos esforços das instituições no enfretamento ao racismo e como um compromisso das organizações com às ações que buscam a equidade. O CORREIO e os outros veículos da Rede Bahia também foram certificados.

Em Salvador, 84% da população se autodeclara negra, então, não é estranho que em algumas empresas a maioria dos funcionários seja branca? Ou que os cargos de liderança não tenham sequer um representante negro? Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no começo de dezembro, revelou que na Bahia pessoas brancas têm rendimento médio 55% maior que pessoas pardas e 62% maior que pessoas pretas.

A secretária municipal de Reparação (Semur), Ivete Sacramento, responsável pela certificação, explicou que o objetivo não é apenas aumentar a presença de negros nas empresas, mas mudar uma cultura ainda atrelada ao racismo estrutural e garantir que haja mais diversidade nos espaços de poder. Ela frisou que o selo da Diversidade Étnico-Racial não é um toma lá dá cá.

“Mais que a outorga de um prêmio, o selo é um compromisso moral, tanto que a gente não premia, não dá isenção de imposto ou de nada. Não existe nada em troca do selo, a não ser a parceria e a cooperação para que a gente diminua os eventos de racismo dentro da empresa e aumente o número de pessoas negras, não apenas quantitativo, mas a qualidade dessa participação”, explicou.

Ao obter esse Selo, dividido nas categorias Compromisso e Reconhecimento, essas instituições assumem a responsabilidade de fazer um censo étnico-racial e desenvolver ações de combate ao racismo no ambiente de trabalho. O CORREIO e as empresas da Rede Bahia - TV Bahia, g1, GE, Bahia Eventos, Bahia FM e GFM 90,1 e Jovem Pan – também foram certificadas.

Auditório ficou lotado
Auditório ficou lotado Crédito: Arisson Marinho/ CORREIO

Primeiro, a empresa precisa fazer a inscrição no site da Semur para receber o selo, um comitê vai procurar a instituição e realizar palestras gratuitas de sensibilização. Depois, um plano de ação anual será desenvolvido para tornar a empresa mais diversa e inclusiva. No fim de cada ano o comitê vai avaliar se as metas foram alcanças e determinar se o selo pode ser renovado.

“Algumas empresas dizem que têm muitos funcionários negros, mas quando vamos observar eles estão naqueles locais historicamente reservados para a população escravizada. O que a gente quer é absorver mais competências, mão de obra negra qualificada que torne a empresa diversa, desenvolvida economicamente e inclusiva”, explicou a secretária.

A entrega dos certificados foi realizada no Hotel Mercure, no Rio Vermelho, e começou com uma apresentação musical. O repórter Gil Santos, autor dessa reportagem, representou o CORREIO. 

“Negros, mulheres, LGBT+ e pessoas com deficiência foram historicamente excluídos dos espaços de poder e grande parte dos problemas que esses grupos enfrentam hoje no mercado de trabalho, sobre preconceitos e violências é produto dessa exclusão. A imprensa é um espaço de poder, por isso, é importante que haja pluralidade nas redações, que haja diversidade no olhar sobre a notícia e na busca pela equidade”, afirmou.

Equipes da Darana RP e do Salvador Shopping foram convidadas para contar sobre a experiência de ter o selo renovado. Foram certificadas empresas grandes, médias e pequenas, instituições públicas e privadas, e o auditório ficou lotado.

No dia 4 de dezembro, o CORREIO e os outros veículos da Rede Bahia já haviam recebido o Selo da Diversidade LGBT+ 2023, entregue para empresas que realizam ações para combater o preconceito e promovem a inserção dessa população.