Condições climáticas anteciparam pico da dengue na Bahia

Secretária de Saúde, Roberta Santana pontua influência das condições climáticas

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  • Millena Marques

Publicado em 1 de março de 2024 às 05:15

Estados vivem surto de dengue neste Verão
64 municípios baianos estão em situação de epidemia Crédito: Shutterstock

Era comum que o pico de casos de dengue na Bahia fosse registrado entre o fim de março e abril, com uma tendência de queda somente no início do inverno, quando as temperaturas diminuem e dificultam a transmissão do mosquito Aedes Aegypti. No entanto, neste ano, a alta no número de casos foi registrada mais cedo, ainda em fevereiro.

No último dia 24, o estado já registrava um aumento de 100% no número de casos de dengue em comparação ao mesmo período de 2023. Em menos de dois meses (de 1° de janeiro até o último sábado), a Bahia tinha 16.771 casos prováveis. O número mais atualizado é o da última quarta-feira (28), quando 21.706 casos prováveis foram notificados.

A explicação desse pico antecipado possui relação direta com as condições climáticas. Isso é o que aponta a secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana. “Uma das suposições que nós temos são as condições climáticas. No estado da Bahia, por exemplo, nós temos municípios em estado de emergência por estiagem e outros por chuva.”

A reportagem solicitou à Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) e à União dos Municípios da Bahia (UPB), via e-mail e Whatsapp, os dados dos municípios baianos que se encontram em situação de emergência por causa de estiagem ou chuvas intensas. Não havia respostas até o fechamento desta matéria.

“Os estudos mostram que isso pode ser influência, com certeza, das condições climáticas. É o nosso planeta pedindo socorro. A gente precisa aproveitar e passar a mensagem da gente poder cuidar do nosso meio ambiente”, conclui Roberta Santana.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela