'Enxurrada de bala': mulher morta no Engenho Velho da Federação foi alvo de dezenas de tiros

Vítima teria sido executada na Rua Neide Gama em invasão do Comando Vermelho (CV)

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  • Wendel de Novais

Publicado em 10 de abril de 2024 às 16:00

Vítima tinha vídeos em que fazia saudação ao BDM Crédito: Reprodução

A mulher morta na noite de terça-feira (9), no bairro do Engenho Velho da Federação, foi alvo de uma ‘enxurrada de bala’, de acordo com pessoas que se assustaram com os tiros nas imediações do bairro. Ainda não identificada, a vítima teria sido executada por traficantes do Comando Vermelho (CV) por ter vídeos em referência ao Bonde do Maluco (BDM), grupo rival. Procurada, a polícia não confirmou autoria e motivação do crime. A maioria dos moradores evitou falar das facções, mas garantiu que foram ouvidos diversos disparos na Rua Neide Gama, onde a mulher foi morta.

“Quem estava aqui, ouviu o barulho mais para o fim da rua. Não deu para contar, mas foi uma enxurrada de tiros que assustou demais. Como aqui já não é incomum, percebi logo que era tiro e fiquei dentro de casa. Depois, vi que tinham matado a mulher com tiros na cabeça”, conta um morador, que prefere não se identificar. No asfalto do local, dezenas de cápsulas, de diferentes calibres, foram encontradas após o crime.

A ocorrência foi registrada por policiais militares da 41ª Companhia Independente da Polícia Militar, que foram acionados pelo Cicom e encontraram a mulher, sem vida, no local. Antes da chegada dos policiais, porém, moradores apareceram no local para ver o que tinha acontecido. Um delas, que não se identifica por medo, conta que viu o corpo da vítima no chão e observou que os ferimentos estavam concentrados na cabeça.

“Quando eu vi, percebi que eles atiraram apenas na cabeça, mas foram muitos tiros e estava muito feio, mal consegui olhar. O pessoal até comentou que ouviu gritos, dizendo que ‘o caixão teria que ser fechado’. Acho que foi por conta disso que fizeram com ela, deixando irreconhecível mesmo”, fala a a mulher, garantindo que não conhece a vítima. Entre as pessoas ouvidas pela reportagem, ninguém soube confirmar a identidade da mulher morta.

O caso é apurado pela Polícia Civil da Bahia, que expediu guias de perícia e remoção do corpo após o crime.