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Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2024 às 10:22
Um homem foi assassinado com diversos tiros em Boa Vista de São Caetano, em Salvador, na noite desta segunda-feira (15). O crime ocorreu na Rua 22 de Março, uma região residencial do bairro, e a vítima foi identificada como Anderson Santana de Paula, de 42 anos. A maioria dos disparos foi na cabeça. A Polícia Civil informou que instaurou inquérito para apurar a autoria e a motivação do crime. >
Em nota, a instituição disse que a investigação será realizada pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) e que o corpo já foi encaminhado para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR). >
A Polícia Militar afirmou, também em nota, que viaturas da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Lobato) estiveram no local, mas já encontraram Anderson sem vida. >
Em março, um homem foi morto a tiros dentro de um carro na mesma Rua 22 de Março, em Boa Vista de São Caetano. A Polícia Militar informou, à época, que policiais receberam a informação de que um homem havia sido atingido por disparos de arma de fogo e estava no interior de um veículo. Quando a equipe chegou a vítima já estava morta. A polícia investiga o caso. >
Moradores contaram que o clima de insegurança no bairro ficou mais intenso nos últimos anos, quando os casos de violência se tornaram mais frequentes, e que são motivados na maioria por disputas pelo tráfico de drogas. Joana* mora há mais de 15 anos no bairro e contou que mudou a rotina por conta do medo da violência. >
"Eu evito voltar para casa depois das 22h e quando estou em casa mantenho sempre o portão trancado. Minha irmã e minha amiga já foram assaltadas chegando na nossa rua, então, a gente anda atenta a tudo o que acontece envolta. Não vi o crime de ontem [segunda-feira], mas ouvi os disparos. Foram muitos", contou, evitando detalhes. >
O crime gerou repercussão, mas, com medo, moradores preferiam não comentar sobre o assunto. Em Boa Vista de São Caetano e na Capelinha de São Caetano, região vizinha, a população seguiu a normalidade. O comércio abriu as portas, o transporte público circulou e as crianças foram à escola. Apesar disso, Jorge* fez uma observação. >
"A gente não pode parar a vida por conta da violência. A vida continua, as contas ainda precisam ser pagas, mas isso não significa que a gente esteja bem. Cada vez que chega a notícia de que mais uma pessoa foi assassinada, seja ela envolvida ou não, ou que alguém foi intimidado porque criticou uma ação dos bandidos isso entristece a gente", disse. >
*Usamos nome fictício para preservar a identidade das fontes>