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Carro de luxo apreendido com rifeiro baiano vai a leilão com lance inicial de mais de R$ 3 milhões

Lamborghini foi apreendida em operação que desarticulou organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 12 de julho de 2025 às 18:02

 Lamborghini apreendida com rifeiro baiano vai a leilão com lance inicial de mais de R$ 3 milhões
Lamborghini apreendida com rifeiro baiano vai a leilão com lance inicial de mais de R$ 3 milhões Crédito: Divulgação

O veículo de luxo modelo Lamborghini Huracán TE, ano 2023, apreendido com o rifeiro José Roberto Santos, conhecido como Nanan Premiações, durante a Operação Falsas Promessas, será leiloado no dia 22 de julho. O valor inicial dos lances é de R$ 3,050 milhões e o montante arrecadado com a venda do veículo será destinado ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). O leilão será realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), e é organizados pela Sampaio Leilões, empresa credenciada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJJSP).

Lamborghini apreendida com rifeiro vai a leilão por Divulgação

A operação Falsa Promessas, em que a Lamborghini foi apreendida, desarticulou uma organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro, utilizando redes sociais para promover os sorteios. A operação resultou na prisão de influenciadores, empresários e até policiais militares, além de um bloqueio de R$ 680 milhões. Nanan foi preso no dia 5 de setembro de 2024, durante a primeira fase da operação e conseguiu ser solto um mês depois. Na ocasião, ele já possuía mais de um milhão de seguidores nas redes sociais. Depois, voltou a ser preso no dia 9 de abril, durante a segunda fase da operação Falsas Promessas.

As duas peças-chave do esquema que foram alvos dessa fase da operação são Nanan e a sua esposa, que são descritos pela polícia, que não os identificou, como um casal de rifeiros que lidera o esquema criminoso. Segundo informações da polícia, os dois foram presos nas primeiras horas das ações, em um condomínio de luxo, localizado na Estrada do Côco, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

No processo de investigação, foi apurado que o grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de alto valor, com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização. Empresas de fachada e pessoas interpostas eram utilizadas para ocultar a origem dos valores ilícitos. Não se sabe, até o momento, o papel dos policiais militares que viraram alvos nesta quarta-feira como membros do grupo criminoso.

Considerado um dos rifeiros mais famosos da Bahia, entre os prêmios sorteados por ele estão carros de luxo, jet ski e dinheiro. Antes de ser preso, Nanan publicou registros de uma caminhonete e uma moto que seriam, em teoria, entregues aos vencedores de uma rifa. Os prêmios refletem a vida de luxo, ostentada nas redes sociais.

Durante a segunda fase da Falsas P Polícia Civil da Bahia cumpriu 22 mandados de prisões preventivas, incluindo cinco policiais militares, além de 30 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas da prisão. Entre os presos estão quatro investigados identificados como lideranças da organização criminosa, localizados nos municípios de Vera Cruz, Juazeiro e na Região Metropolitana de Salvador, além de um integrante capturado no estado de São Paulo.

Segundo a polícia, eles exerciam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas. Com forte presença em Salvador e RMS, São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré, o grupo operava por meio de uma estrutura sofisticada de transações financeiras, utilizando empresas de fachada e pessoas interpostas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente.

As investigações apontam que policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas. O grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como veículos de luxo, e atraía um grande número de participantes. No entanto, os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, com o objetivo de legitimar o esquema e ampliar os lucros.

Durante as diligências foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks. O Poder Judiciário autorizou o sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, somando um bloqueio total de R$ 680 milhões em bens e valores.