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Ministério Público cobrará medidas para reconhecimento da prática do Jarê como patrimônio cultural

Terreiro Peji da Pedra Branca, na Chapada Diamantina, foi destruído no último dia 20

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2024 às 18:53

Terreiro de Jarê Peji da Pedra Branca ficou destruído no final de semana
Terreiro de Jarê Peji da Pedra Branca ficou destruído no final de semana Crédito: Reprodução

Após a destruição do Terreiro de Jarê Peji da Pedra Branca, localizado no Parque Nacional da Chapada Diamantina (Parna), por ações de agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no último dia 20, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) instaurou procedimento para cobrar do Poder Público a adoção de medidas voltadas ao reconhecimento formal da prática de Jarê enquanto patrimônio cultural. O órgão cobra ainda a implementação de um plano de salvaguarda no município.

O procedimento foi instaurado pela Promotoria Regional Ambiental do Alto Paraguaçu, em colaboração com o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Ceama) e do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac). De acordo com o MP, as investigações policiais até o momento estão sendo realizadas pela Polícia Federal, por envolver órgão federal, estando fora da atribuição do Ministério Público estadual.

O Jarê das Lavras Diamantinas é uma expressão religiosa que só existe na região da Chapada. É caracterizado pela mistura entre o culto dos deuses yorubás ou orixás com entidades das comunidades tradicionais, os caboclos. A nomenclatura  "bater jarê" vem da prática de saudar os caboclos e orixás.

Suas origens remontam ao século XIX, relacionadas ao desenvolvimento da mineração nessa região. Representa, portanto, uma expressão cultural e religiosa singular, com significativa relevância para memória coletiva da região e relevante expressão de resistência.

Em nota, o MP lamentou o ocorrido no terreiro de Jarê e reiterou o compromisso com a valorização e proteção do patrimônio cultural da Bahia. "(...) Como também segue vigilante, junto com a sociedade, para salvaguarda dos bens imateriais do estado, de modo a evitar que danos e agressões possam se repetir".