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Nordeste cresce mais que Sul e Sudeste entre 2002 e 2022  

É o que aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de março de 2023 às 05:00

 - Atualizado há 2 anos

 A imagem de terra seca tomada por ossadas de animais que o Nordeste ainda hoje carrega contrasta com a realidade econômica da região, que tem um setor agropecuário pujante e que responde a 7,2% do valor adicionado total, entre 2002 e 2020.  Outra disparidade entre estereótipos e os dados é que, ao contrário do que muitos ainda pensam, o Nordeste não é um peso carregado pelo Sudeste. Na verdade, entre 2002 e 2022, o crescimento dessa região, na média, foi de 2,2% ao ano, contra 1,7%  do Sul e do Sudeste. Apesar desse crescimento, todos os estados da região estão entre os dez menores níveis de PIB per capita do país. Para melhor entender esses números e contradições sobre a economia nordestina, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), irá implantar ainda neste primeiro semestre o Centro de Desenvolvimento do Nordeste, com sede em Fortaleza, no Ceará. 

O anúncio da iniciativa foi marcada pela apresentação, ontem, de um estudo sobre a região que indica, entre outras coisas, que passado o choque inicial provocado pela pandemia de covid-19, em 2020, a economia nordestina  mostrou crescimento nos anos seguintes, embora ainda aquém da média nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste teria passado de um tombo de 4,1% em 2020, para crescimentos de 3,5% em 2021 e de 3,4% em 2022. Já o PIB brasileiro saiu de queda de 3,3% em 2020 para uma alta de 5,0% em 2021 e avanço de 2,9% em 2022. Enquanto o Brasil cresceu, em média, 8,0% no biênio 2021-2022, a Região Nordeste avançou 7,0%, resultado superior apenas ao do Norte, que expandiu 6,1%, calculou o Ibre/FGV. Os demais avanços no biênio foram de 8,4% para o Sudeste; 8,2% para o Sul; e 8,6% para o Centro-Oeste.

"Com o objetivo de reduzir as enormes desigualdades socioeconômicas entre as regiões, é importante que se mude esse cenário, com o crescimento mais robusto da região. É necessário que sejam adotadas políticas públicas que potencializem a economia regional e consiga fazer com que a redução das disparidades com relação às demais regiões do país sejam minimizadas de forma mais rápida", defendeu o levantamento feito por Juliana Trece e Claudio Considera, pesquisadores do Ibre/FGV.