Nova via vai reduzir tempo de deslocamento entre Flamengo e Ipitanga em 10 minutos

Ligação viária foi inaugurada pela Prefeitura de Salvador nesta quinta-feira (21)

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  • Larissa Almeida

Publicado em 21 de março de 2024 às 15:13

Nova via que liga Praia do Flamengo a Ipitanga Crédito: Marina Silva/CORREIO

A nova ligação viária entre Praia do Flamengo e Ipitanga vai reduzir o tempo de deslocamento dos motoristas em 10 minutos. Inaugurada na manhã desta quinta-feira (21) pela Prefeitura de Salvador, como parte do pacote de ações para o aniversário de 475 anos da capital baiana, a conexão conta com aproximadamente 700 metros – distância duas vezes menor do que a antiga via, na qual condutores e moradores da região do Loteamento Marisol, na Praia do Flamengo, tinham que percorrer entre 1,5 km e 2 km para chegar até Ipitanga.

Durante o evento de entrega da obra viária, o prefeito Bruno Reis destacou o impacto que a nova ligação vai gerar na região. “Hoje, quem vem de Praia do Flamengo e quer acessar Ipitanga, vai chegar na última rótula, passar por um pequeno viaduto, se deslocar até a beira-do-mar e seguir para o condomínio. Com essa via, as pessoas vão poder passar diretamente. [...] Eu estimo que haja ganho de pelo menos de dez minutos diante desse acesso direto, que permite a todos os moradores chegarem e saírem do Mirassol e toda Ipitanga”, disse.

Bruno Reis e lideranças durante inauguração da ligação viária entre Praia do Flamengo e Ipitanga Crédito: Marina Silva/CORREIO

Antes, quem se deslocava pela região precisava ir até a orla e seguir pelas ruas Clóvis Bevilácqua e Ibitiara para só então chegar no loteamento em Ipitanga, o que aumentava o fluxo de veículos e os congestionamentos. De acordo com Bruno Reis, a obra se mostrou mais urgente após a implementação do novo trecho da Orla de Ipitanga, que atraiu mais pessoas e, consequentemente, gerou mais congestionamento na região.

“Com o novo trecho de orla de Ipitanga, ela [a obra] se tornou ainda mais necessária para poder melhorar a mobilidade na região, que já sofreu com diversas intervenções e chegadas de novas vias no passado, como a Mãe Stella de Oxóssi, e com a requalificação em diversas ruas. Portanto, os bairros de Stella Maris, Praia do Flamengo e Ipitanga estão praticamente todos novinhos, ainda mais bonitos e trazendo maior qualidade de vida para quem mora aqui”, frisou.

No total, a obra viária teve investimento de R$9,1 milhões. Isso porque, além da nova via, houve pavimentação das ruas da região com piso intertravado – que ajuda a não criar alagamentos nas vias e é permeável, de modo que a água absorvida vai para o solo –, aplicação de cerca de bambu ao redor da vida, iluminação em LED, meio-fio e calçada com piso tátil para garantir a mobilidade de pessoas com deficiência.

"É mais uma obra de mobilidade que entregamos na cidade. A nova via beneficia mais de 40 mil moradores na região do Loteamento Marisol, Ipitanga, Cartódromo, Stella Maris e Praia do Flamengo. Com essa entrega, estamos promovendo mais segurança e acessibilidade para quem transita por ali todos os dias”, avaliou Luiz Carlos de Souza, secretário de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).

Foco ecológico

A nova via está fora da poligonal do Parque das Dunas. Em parceria com a ONG de preservação ambiental Unidunas, a Prefeitura realizou o plantio de 1,3 mil mudas de espécies da restinga original do parque para recuperar uma área que estava muito antropizada. A obra ainda beneficiou o trecho do Rio Sapato que passa confinado sob o Condomínio Caminho das Águas, mantendo o seu curso livre e substituindo uma manilha de 50cm por uma galeria de 2x2 metros.

Presidente da Unidunas, Jorge Santana explicou o monitoramento da obra: “Quando esse projeto foi idealizado, ele passava por dentro do parque, que era a chamada Linha Branca. Houve um diálogo com a Prefeitura, mostrando que passaria por dentro do parque. Na mesma hora prefeito disse ‘então não vou mexer nessa área’. Ele afastou e criou o projeto totalmente fora da poligonal. Para a gente isso foi muito importante, uma vitória muito grande e respeitada”, disse.

“O que eu tenho a dizer é que acompanhei a obra, até porque está vizinha à nossa sede, e aqui não houve sequer um dano ambiental, nem à fauna, nem à flora. Nós fizemos aqui um plantio de 1,3 mil mudas em uma área que estava bastante antropizada e a Prefeitura nos ajudou a recuperar. Então eu vejo que existe a preocupação ambiental, tomando a atitude de conservação e de preservação ambiental, principalmente na cidade”, completou.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro