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Esther Morais
Publicado em 30 de abril de 2025 às 11:07
Dezessete pessoas foram presas por suspeita de tráfico de drogas e comércio ilegal de armas durante a Operação Skywalker, da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (30). Dentre os investigados estão um policial militar da reserva e uma advogada. Eles fariam parte de uma organização criminosa com atuação interestadual, cujo centro era em Feira de Santana, a 130km de Salvador. >
Ainda foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, com ações concentradas em Feira, Salvador, Lauro de Freitas e Muritiba, além de Brasília (DF), Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.>
Ao longo das apurações foram identificadas conexões interestaduais da organização, com ramificações no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro, além de movimentações financeiras suspeitas envolvendo interlocutores ligados ao crime organizado.>
Até o momento, 17 pessoas já foram presas, sendo 12 em Feira de Santana, duas em Brasília, duas em Lauro de Freitas e uma em Salvador. >
Uma das investigadas do grupo foi capturada no aeroporto de Brasília, com apoio da Polícia Federal. Ela havia embarcado no Rio de Janeiro, cidade onde residia, no Complexo do Alemão. A suspeita atuava diretamente na coordenação das atividades ilícitas do companheiro, considerado o chefe do grupo, que, mesmo custodiado em um presídio federal, continuava dando ordens à quadrilha com apoio direto da mulher.>
As investigações também revelaram o envolvimento de um policial militar da reserva, apontado como elo entre os fornecedores de armamentos e os membros da organização criminosa. O bairro da Queimadinha, em Feira de Santana, funcionava como um dos principais pontos operacionais do grupo, sobretudo para o tráfico de entorpecentes.>
Outro alvo relevante da operação foi uma advogada, residente em Feira de Santana, que movimentou, em contas pessoais, mais de R$ 6,8 milhões. As análises financeiras demonstraram relações suspeitas com diversas lideranças do grupo, o que reforça a estrutura organizada e profissional da atuação criminosa.>
Como parte das medidas judiciais foram bloqueados mais de R$ 84 milhões em contas bancárias, sendo R$ 34 milhões em nome de pessoas físicas investigadas e R$ 50 milhões vinculados a empresas de fachada utilizadas para movimentações ilícitas.>
Mais de 200 policiais civis participam da operação, que conta com o apoio de unidades especializadas como Draco/DF, Draco/MS, Delegacia Regional de Corumbá/MS, FICCOs da Bahia e do Rio Grande do Norte, FORCE, além do Exército Brasileiro. A ação é coordenada pela Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (RENORCRIM), evidenciando o esforço integrado das forças de segurança no combate ao crime organizado no país.>