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Produtores de algodão encerram plantio com otimismo

Volume colhido deve ser o mesmo que o de 2019, mas com área plantada 5% menor

  • Foto do(a) author(a) Georgina Maynart
  • Georgina Maynart

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 20:01

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Faltando pouco mais de 20 dias para o fim do prazo de plantio, os agricultores da Bahia já plantaram 85% das sementes de algodão reservadas para esta safra. De dezembro para cá foram semeados mais de 267 mil dos 315 mil hectares previstos.

Apesar da área ser 5% menor do que a cultivada em 2019, a expectativa é de manutenção do volume produzido na última safra. “Mesmo com a irregularidade e a redução das chuvas neste início da safra, a perspectiva ainda é a de uma produtividade média acima das 300 arrobas por hectare, o que vai garantir que o algodão baiano continue se destacando no mercado consumidor, que valoriza a qualidade da fibra do estado, considerada uma das melhores do mundo”, afirma Júlio Cézar Busato, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).Uma das estratégias para manter a produtividade é a tecnologia. A cada ano os agricultores vem aumentando os investimentos em sementes e em formas eficientes de manejo e de combate às pragas.

Em 2019 os produtores da Bahia colheram mais de 1,5 milhão de toneladas de algodão. Foi o quarto crescimento consecutivo do volume produzido no estado. Segundo a Abapa, os preços baixos da pluma não devem atrapalhar a tendência de alta na produção baiana.

“Esperamos que as chuvas se regularizem ao longo do ciclo, evitando perdas, elevando a produtividade média e possibilitando que a colheita se aproxime dos resultados da última safra. Também estamos torcendo para que os preços subam, garantindo a rentabilidade necessária para que o produtor continue fazendo o dever de casa, investindo em tecnologia, levando o diferencial ao seu negócio dentro da cadeia produtiva do algodão”, afirma Busato. Plantações da safra 2020 de algodão estão em andamento no oeste da Bahia. Perspectiva é de alta na produção. (Foto: Georgina Maynart) TENDÊNCIA

Com uma produção voltada para a promissora indústria têxtil internacional, a cotonicultura baiana está de olho no comportamento do mercado externo. Por isso o setor vem acompanhando atentamente os reflexos do acordo assinado recentemente entre os chineses e os norte americanos. O acordo prevê redução das tarifas impostas pela China para os produtos dos Estados Unidos, e isso deve colocar o algodão brasileiro em desvantagem.

“Com o fim da taxação do algodão americano, a concorrência aumenta. Mas existem outros mercados que podemos ocupar”, acrescenta.

Nas últimas semanas, os preços da pluma brasileira registraram queda no mercado interno, principalmente devido à valorização do real frente ao dólar, um fator que desestimulou os compradores estrangeiros, e por causa do volume em excesso dentro do país. Por outro lado, no mercado externo a pluma se valorizou na Bolsa de Nova Iorque. A alta foi influenciada pelo anúncio da redução nos estoques americanos e pelo acordo entre Estados Unidos e China.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Brasil vai produzir este ano quatro vezes mais algodão do que a quantidade absorvida pelo mercado interno. Serão mais de 2,8 milhões de toneladas no total, mas apenas 0,7 milhões de toneladas devem ser comercializadas no Brasil. Daí a necessidade de conquista de novos mercados.

Não por acaso, em fevereiro será inaugurado um escritório de comércio e representação do algodão brasileiro em Singapura. O escritório será aberto pela Associação Nacional dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o apoio de órgãos do governo brasileiro, como o Itamaraty e o Ministério da Agricultura.

“Com o escritório estaremos mais presentes na Ásia para mostrar o algodão que produzimos e garantir aos clientes que temos condições de manter o fornecimento regular ao longo do tempo e com qualidade”, finaliza.

Os cotonicultores estão atentos a mercados como Vietnã e Blangadesh, tradicionais fabricantes de produtos têxteis e que possuem potencial de expansão. Do volume exportado no ano passado, 31% foram para a China, 13% para o Vietnã, 12% para a Indonésia, 11% para Bangladesh, 9% para a Turquia e 7% para o Paquistão.

A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil.  As plantas que estão sendo cultivadas agora devem chegar na fase de colheita em junho.