Requalificação da Feira de São Joaquim vai durar cerca de dois anos

Governo do Estado explicou que ela será dividas em duas etapas

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  • Gil Santos

Publicado em 17 de abril de 2024 às 13:41

Serão atendidos 407 boxes e 169 bancas Crédito: Arisson Marinho/ CORREIO

A Feira de São Joaquim, em Água de Meninos, vai passar por uma nova reforma. Nesta quarta-feira (17), começou a 2ª etapa de requalificação, que vai contemplar 407 boxes e 169 bancas. Os operários já estão no local, e a previsão é de que as intervenções durem 20 meses, com investimento de R$ 42 milhões. A primeira etapa de requalificação foi realizada entre os anos de 2012 e 2015.

Na manhã desta quarta-feira, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) visitou a feira acompanhado por secretários, políticos e assessores. No local, conversou com feirantes e apoiadores, ouviu pedidos e reclamações, e discursou para os trabalhadores. A reforma será divida em duas etapas, a primeira será concluída em um ano, e a segunda em oito meses, totalizando os 20 meses previstos. A obra é de responsabilidade do Governo do Estado.

"Visitamos a parte que será demolida e reconstruída, uma parte dos galpões, e na passagem visitamos também uma parte que chama galpão do quiabo, que não está nessa etapa de requalificação, mas está em uma condição precária. Para garantir a segurança das pessoas que ali vendem e compram e a cultura praticada, ali acontece um samba aos domingos, nós vamos fazer uma ação provisória até que a 3ª etapa resolva em definitivo", afirmou.

A 3ª etapa da requalificação ainda não data prevista para ocorrer. O governador solicitou que a Embasa desenvolva um projeto de aproveitamento de água para os comerciantes da feira e determinou a criação de um espaço de lazer para eventos, além de um museu para contar a história da Feira de São Joaquim.

Feirantes

O presidente do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes de Salvador, Nilton Ávila, o Gago, acompanhou a assinatura da ordem de serviço para o início imediato das obras ao lado do governador. Ele lembrou que a Feira de São Joaquim tem 60 anos e que cerca de 8 mil trabalhadores dependem dela para pagar as contas, e cobrou que haja cuidado com o prazo para a conclusão da obra.

"A gente precisa de uma reforma geral. O intervalo entre a primeira etapa e a segunda foi muito grande, mas estamos contentes com a retomada da requalificação. Nossa maior preocupação é com o tempo de obra, mas o governo se comprometeu a concluir tudo no prazo combinado e a nossa expectativa é de que isso seja cumprido", afirmou o presidente.

Além de reconstruir 407 boxes e padronizar 169 bancas, haverá a requalificação das ruas, da parte elétrica e da rede hidráulica. Trabalhadores e clientes também cobraram novos banheiros, implantação de lixeiras e cobertura para proteger da chuva. Por conta da obra, cerca de 300 feirantes já foram realocados dentro da feira para abrir espaço para os operários.

Na primeira etapa de requalificação, entre 2012 e 2015, o trecho entregue incluiu a área da enseada, o cais para embarcações de turismo e de carga, além do espaço com restaurantes, boxes e bancas para comércio de frutos do mar, artesanato e artigos religiosos.