SALVADOR

Rodoviários rejeitam proposta dos empresários em mais uma rodada de negociação

Uma nova reunião deve acontecer na próxima quinta-feira (9) às 9h

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Publicado em 2 de maio de 2024 às 15:37

A Semob está preparando um plano de contingência para mitigar os efeitos da manifestação dos rodoviários
Rodoviários Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Uma nova rodada de negociação entre os rodoviários e empresários de ônibus de Salvador terminou sem acordo, na manhã desta quinta-feira (2). Sem avanços, outra reunião já está marcada para acontecer na quinta que vem (9), a partir das 9h.

Durante a reunião, o sindicato representante das empresas propôs para os rodoviários que:

  • Todas as horas extraordinárias possam ser compensadas num prazo de um ano;
  • Seja garantido pelo menos uma folga aos domingos aos trabalhadores;
  • Os cobradores possam ter folga aos domingos e feriados;
  • Jornada em Tempo Parcial com até 30 horas sem limites de números de trabalhadores contratados.

As empresas propuseram ainda, reajustes salariais de valores para o Ticket Alimentação, Seguro de vida e Carteira de Nacional de Habilitação (CNH); Prêmio de férias e Liberação de dirigentes sindicais.

As propostas foram recusadas pelo rodoviários. A categoria reivindica a reposição da inflação e ganho real de 4% sobre os salários, reajuste de 10% em cima do ticket alimentação, hoje em R$ 25, e vale transporte com integração ao metrô. Atualmente, o cartão que os trabalhadores usam para se deslocar para o trabalho só permite acesso aos ônibus.

"Avaliamos a postura dos empresários como uma atitude desrespeitosa à classe rodoviária e com a cidade, por isso iremos manter a guarda alta para permanecer na luta e arrancar dos patrões os principais itens da pauta de reivindicações", afirma a representação sindical dos motoristas e cobradores.

Apesar de uma nova rodada de negociações estar confirmada para a próxima semana, os rodoviários não descartam a possibilidade de greve. "A categoria já se encontra preparada para dar início ao rito de greve, caso as negociações permaneçam sem avanços".