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Da Redação
Publicado em 11 de março de 2024 às 17:26
Ao ressaltar que não viu os detalhes da portaria 190/2024, que estimula os professores a aprovarem em massa os estudantes da rede estadual, o ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu, nesta segunda-feira (11), o texto que foi editado pela Secretaria de Educação do estado.
Rui Costa argumentou que, desde o seu tempo de escola, escolas aprovam estudantes, que foram reprovados em uma ou duas disciplinas, mas estes alunos são cobrados no ano seguinte. A portaria defendida pelo ministro, entretanto, prega a aprovação de alunos que perderam em até cinco disciplinas. E, de acordo com a APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a Secretaria de Educação descumpriu a própria medida e aprovou estudantes que perderam em mais de cinco disciplinas
A acusação do sindicato dos professores, que foi formalizada no Ministério Público da Bahia (MP-BA), foi realizada com base em uma pesquisa com respostas de 408 docentes, coordenadores pedagógicos e gestores dos 27 Núcleos Territoriais de Educação do estado. No levantamento, 240 trabalhadores da Educação estadual também disseram que os estudantes foram aprovados sem cumprir a exigência mínima de 75% horas de horas letivas, como determina o texto da pasta.
"Na minha época, tinha isso. Ou você ficava de recuperação ou aquela matéria ficava pendente para o ano seguinte. E você ia fazer dois (anos) em um. Fazia a do ano e fazia o assunto do ano anterior. Desde a minha época, tinha isso. Não é de hoje. Parece que é uma grande novidade. Estou falando de 30, 40 anos atrás. Já tinha isso para dar a mão a esses meninos", afirmou o ministro, em entrevista à rádio Metrópole.
Ainda na entrevista, Rui Costa declarou que a Bahia é o estado que mais reprova estudantes no País, mas o ex-governador não explicou os motivos que levam a não aprovação dos alunos.
“(Isso é) historicamente. Se for fazer comparações com outros estados, é o estado que mais reprova. Eu não vi detalhes da portaria. Então, não quero aqui comentar. O que se busca o tempo todo é dar as mãos a esse jovem, jovens da favela da periferia, do morro, da zona rural, jovem que passa dificuldade para se alimentar”, emendou.