Atirador que matou quatro em NY deixou bilhete que liga crime a doença causada por futebol americano

O atirador que matou um policial e mais três pessoas em um prédio comercial de Nova York carregava um bilhete que pode explicar sua motivação, segundo fontes policiais citadas pelo The New York Times. Identificado como Shane Tamura, de 27 anos, ele deixou uma nota de várias páginas em que atribuía sua condição de saúde ao futebol americano, mencionando a encefalopatia traumática crônica (ETC), doença neurodegenerativa ligada a traumas cranianos.

O bilhete foi encontrado após o ataque no edifício da Park Avenue, que abriga escritórios da NFL. Tamura teria como alvo a liga de futebol americano, segundo informações da imprensa local. Na nota, ele também solicitou que seu cérebro fosse analisado. O suspeito, ex-jogador no ensino médio, trabalhou como segurança em um cassino de Las Vegas. Um ex-treinador disse ao Los Angeles Times que esperava "grandes feitos" dele como running back.

A NFL ocupa do quinto ao oitavo andar do prédio. Tamura começou atirando na recepção e seguiu para o 33º andar, onde feriu gravemente um funcionário da liga, conforme relatou o comissário Roger Goodell. Uma das vítimas foi um policial. O suspeito, que tinha histórico de problemas mentais, morreu após atirar contra si mesmo.

Caminho até o crime

Antes do ataque, Tamura viajou por vários estados, incluindo Colorado, Nebraska e Iowa, segundo a comissária Jessica Tisch. Ele entrou em Nova York na segunda-feira e tinha porte de arma registrado em Nevada.

O tiroteio ocorreu por volta das 18h em Midtown Manhattan. Imagens de vigilância mostram Tamura entrando no prédio e atirando contra um policial e outras pessoas. Ele permitiu que uma mulher saísse ilesa do elevador antes de seguir para andares superiores.

Evacuação tensa

Funcionários de empresas como NFL, KPMG e Rudin Management foram retirados em grupos, muitos com as mãos levantadas. Um trabalhador da Blackstone, no 31º andar, relatou ter ouvido um estrondo antes de ser alertado sobre o atirador. Helicópteros policiais sobrevoavam a área durante a operação.