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Avião de chefe da União Europeia é alvo de sabotagem atribuída à Rússia

Com bloqueio de GPS, aeronave precisou pousar com mapas de papel; Moscou nega envolvimento

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 13:46

Ursula von der Leyen
Ursula von der Leyen Crédito: Shutterstock

Um jato que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para Plovdiv, na Bulgária, precisou pousar com auxílio de mapas de papel após sofrer bloqueio no sistema de GPS, em um episódio atribuído a suspeita de interferência da Rússia. A informação foi divulgada pelo Financial Times e confirmada pelo Sky News.

Segundo relatos, os serviços de navegação GPS do aeroporto búlgaro foram desativados, deixando a aeronave sem recursos eletrônicos de aproximação. O avião circulou sobre a área por cerca de uma hora antes que a decisão de um pouso manual fosse tomada.

Um porta-voz da União Europeia afirmou à Sky News que o voo pousou em segurança e confirmou a interferência: “Recebemos informações das autoridades búlgaras de que elas suspeitam que essa interferência flagrante foi realizada pela Rússia. Estamos bem cientes de que ameaças e intimidações são um componente regular das ações hostis da Rússia. Isso reforçará ainda mais nosso compromisso inabalável de aumentar nossas capacidades de defesa e apoio à Ucrânia.”

O porta-voz também destacou a importância da visita de von der Leyen aos “estados-membros da linha de frente, onde ela viu em primeira mão as ameaças diárias da Rússia e seus representantes”.

De acordo com o Financial Times, um responsável pelo aeroporto classificou como “interferência inegável” a falha que deixou todo o sistema de GPS da região fora do ar. Posteriormente, a porta-voz de transportes da União Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, afirmou que incidentes desse tipo têm afetado toda a Europa, principalmente no flanco oriental. “Houve uma carta enviada por 13 Estados-membros à Comissão em junho deste ano, e eles chamaram nossa atenção adicionalmente para esta questão, que é algo que está se tornando uma prática quase diária”, disse.

Por outro lado, a Rússia negou envolvimento no episódio. O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, classificou como “incorretas” as alegações de interferência russa.

Putin também comentou sobre a situação na Ucrânia. Nesta segunda-feira (1º), durante encontro da Organização de Cooperação de Xangai, na China, com o presidente chinês Xi Jinping e o premiê indiano Narendra Modi, o líder russo afirmou que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu um “caminho para a paz” no conflito. “Valorizamos muito os esforços e propostas da China e da Índia voltados a facilitar a resolução da crise ucraniana. Também destacaria que os entendimentos alcançados na recente reunião Rússia–EUA, no Alasca, espero que também contribuam para esse objetivo”, disse.

Apesar disso, a Rússia intensificou ataques contra a Ucrânia, incluindo um bombardeio recente contra Kiev, que utilizou 629 artefatos explosivos, contabilizando 18 mortes e 45 feridos. Esse ataque fica entre os maiores desde o início do conflito, atrás apenas de dois eventos em julho, com 741 e 623 explosivos, respectivamente, e de um ataque em 21 de agosto, com 614 mísseis.