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Publicado em 8 de abril de 2025 às 08:21
A tensão comercial entre China e Estados Unidos atingiu novo patamar nesta terça-feira (8), com o ministro das Relações Internacionais chinês, Wang Yi, declarando que seu país "vai revidar até o final" caso os EUA mantenham as ameaças de novas tarifas. A resposta veio horas depois de Donald Trump anunciar a imposição de taxas de 50% sobre importações chinesas caso Pequim não retirasse suas tarifas sobre produtos americanos até as 13h (horário de Brasília). >
Em publicação em sua rede social, o ex-presidente republicano foi enfático: "Se a China não retirar seu aumento de 34% sobre seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os EUA imporão tarifas adicionais à China de 50%, com efeito em 9 de abril". Trump ainda acrescentou que "todas as negociações com a China sobre suas reuniões solicitadas conosco serão encerradas", indicando que priorizaria diálogos com outros países.>
Resposta chinesa>
O Ministério do Comércio da China reagiu em comunicado na madrugada desta terça (noite de segunda no Brasil), classificando as medidas americanas como "completamente infundadas" e "típica prática unilateral de intimidação". O texto, reproduzido pela Associated Press, afirmou que Pequim tomará "contramedidas de forma resoluta para salvaguardar seus próprios direitos e interesses". >
Wang Yi, em declaração separada, manteve o tom de alerta: "Guerras comerciais e guerras tarifárias não têm vencedores, e o protecionismo não tem saída". O ministro reforçou que a China "nunca aceitará" a postura americana e, se necessário, "lutará até o fim".>
Após quedas expressivas na segunda-feira, as bolsas asiáticas apresentaram recuperação: >
- Nikkei 225 (Japão): alta de 6,01% >
- Hang Seng (Hong Kong): +1,51% >
- CSI 1000 (China): +0,61% >
- Nifty 50 (Índia): +1,69% >
- Kospi (Coreia do Sul): +0,26% >
O movimento sugere que investidores podem estar se acostumando ao tom agressivo entre as duas maiores economias do mundo, embora especialistas alertem para riscos de escalada. A China já aplica tarifas retaliatórias de 34% sobre diversos produtos americanos e indicou que novas medidas podem ser adotadas em breve. >