Itamaraty ajudará professor acidentado a voltar ao Brasil

Agência Folha

A família do professor de educação física Renato Cordeiro Mecca, 33, encerrou na noite de hoje a campanha na internet de arrecadação de fundos para trazê-lo de volta ao Brasil. A ação foi concluída no Facebook após o Itamaraty confirmar que custeará parte do transporte do brasileiro - os valores, no entanto, não foram divulgados.

Mecca sofreu um acidente de moto no dia 24 de janeiro, na Indonésia, e após ficar 15 dias internado no país foi transferido para uma unidade com mais estrutura em Cingapura. Ele sofreu um trauma na coluna cervical e passou por uma cirurgia de reconstrução das vértebras.

Teve também uma lesão medular, que levou à perda da contração da musculatura do diafragma - o que o obriga a respirar com aparelhos. O transporte para o Brasil, que deverá ser feito em uma UTI aérea, custaria à família cerca de R$ 330 mil (US$ 170 mil).

Até a última sexta-feira, a campanha na rede social havia arrecadado R$ 106 mil. A família, que vive em São Carlos (232 km de São Paulo), quer transferir Renato para o HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

De acordo com a irmã do professor, Andréia Cordeiro Mecca, o Itamaraty pediu sigilo na divulgação dos valores doados à família. O irmão de Renato, Guilherme Mecca, que está na Ásia desde o dia 26 de janeiro, acertará os detalhes da volta do brasileiro.

“Ele vai pegar a carta de autorização de auxílio na Embaixada do Brasil em Cingapura, resgatar o dinheiro da campanha e tentar marcar a data da volta o quanto antes”, afirma Andréia. Além da ação no Facebook, uma petição pública rendeu mais de 15 mil assinaturas pedindo a volta do brasileiro.

“Estamos muito felizes. Conseguimos chamar a atenção do Itamaraty, ganhamos a mídia e em uma semana conseguimos mobilizar o Brasil inteiro. Conseguimos nos sentir verdadeiramente abraçados pelos brasileiros. Só temos a agradecer”, diz.