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Larissa Almeida
Publicado em 27 de junho de 2025 às 12:32
O governo japonês executou, nesta sexta-feira (27,) Takahiro Shiraishi, de 34 anos, conhecido como “assassino do Twitter”. Ele foi condenado à morte em 2020 por matar e esquartejar nove pessoas, a maioria mulheres jovens, após atraí-las pela rede social – hoje chamada de X. >
Entre 2017 e 2018, Shiraishi usava o Twitter para abordar pessoas com tendências suicidas, oferecendo ajuda para morrer. As vítimas tinham entre 15 e 26 anos. Segundo as investigações, todas foram levadas até a residência do criminoso, nos arredores de Tóquio, onde foram estranguladas e tiveram os corpos esquartejados. Restos mortais foram encontrados em caixas e geladeiras, camuflados com areia de gato. >
A polícia chegou ao suspeito após investigar o desaparecimento de uma mulher de 23 anos que havia publicado mensagens suicidas online. O irmão da jovem acessou o perfil dela e auxiliou os investigadores, que encontraram na casa de Shiraishi cerca de 240 restos humanos e diversas ferramentas de corte. >
Durante o julgamento, a defesa alegou que as vítimas queriam morrer e pediram pena de prisão, mas o tribunal rejeitou o argumento. O juiz classificou os crimes como “astutos e cruéis” e afirmou que o réu se aproveitou de pessoas vulneráveis para satisfazer desejos “sexuais e financeiros”. >
Essa foi a primeira execução no Japão desde 2022. As penas capitais no país são cumpridas por enforcamento. Mesmo após o trânsito em julgado, os condenados podem aguardar por anos no corredor da morte, geralmente sendo avisados apenas horas antes da execução. Japão e Estados Unidos são os únicos países do G7 que ainda aplicam a pena de morte. >