A Copa de Salah: expectativa de craque, realidade do Egito

Atacante se despede com dois gols e nenhum ponto: Egito perde da Arábia Saudita por 2x1

Publicado em 25 de junho de 2018 às 13:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nicolas Asfouri/AFP

Mohamed Salah foi um dos grandes nomes da Copa do Mundo 2018 antes dela começar. Pelo gol aos 50 minutos do 2º tempo no último jogo das Eliminatórias, contra o Congo, que recolocou o Egito em um Mundial após 28 anos; pela artilharia do Campeonato Inglês com 32 gols; por ter conduzido o Liverpool até a final da Liga dos Campeões da Europa, quando machucou o ombro e sua participação na Rússia virou dúvida.

Onze dias depois do início da Copa, a participação do atacante já chegou ao fim nesta segunda-feira (25) e de maneira melancólica. O último ato resume bem a situação do carismático “rei egípcio”: o Egito perdeu mais uma, desta vez para a Arábia Saudita, por 2x1, em Volgogrado.

Salah vai embora sem ganhar um ponto sequer na Copa, mas não sem fazer a parte dele. Abriu o placar com categoria, num toque por cobertura sobre o goleiro Almosailem, aos 22 minutos. Salman e Salem viraram para os sauditas, nos acréscimos de cada etapa.

O camisa 10 marcou os dois gols da sua seleção na Copa do Mundo. O outro foi de pênalti, sofrido por ele mesmo, na derrota para a Rússia por 3x1. Por causa do ombro machucado na final da Liga dos Campeões, não jogou na estreia, contra o Uruguai. E seu time levou 1x0.

A Copa de Salah, individualmente, foi boa: dois gols em dois jogos. Mas não é exagero dizer que o Egito é Salah e mais dez. E nesses dez coadjuvantes está o abismo entre expectativa e realidade. A individualidade do craque canhoto não foi suficiente para alavancar o coletivo do Egito.