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Publicado em 14 de fevereiro de 2021 às 06:00
- Atualizado há um ano
O Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia (Sindipetro Bahia) vem esclarecer à sociedade as razões da categoria ter deliberado pela deflagração de greve, cuja comunicação ao empregador deverá ser feita nos próximos dias, na forma da Lei de greve.
De início é importante destacar que é público e notório o desmonte da Petrobras em todo país, com a redução do seu quadro de funcionários, do fatiamento de seus ativos para venda, opção por redução do refino em seus parques e pela importação de produtos em detrimento dos que possuímos em solo nacional, tudo ancorado ao dólar alto e à elevação de preços dos combustíveis e outros derivados de petróleo.
Na Bahia, o cenário é de terror, com a transformação do assédio moral em ferramenta de gestão, o que gerou adoecimentos e até morte. Soma-se a isso a redução acelerada dos quadros dos funcionários para menos de um terço do que havia poucos anos atrás e a continuidade dessas reduções com programas de demissão e transferências forçadas.
Em relação às unidades/ativos, podemos elencar a desmobilização e venda dos campos terrestres, desocupação da Torre Pituba, hibernação e posterior arrendamento da FAFEN e, agora, a venda da RLAM.
Aqueles que não vivenciam de perto a realidade dos trabalhadores da Petrobras não podem mensurar os impactos de todas essas ações da empresa em seus funcionários, que passaram a conviver com as transferências para unidades que estão à venda ou que, em breve, também serão vendidas, com graves consequências para milhares de famílias. E tudo isso, como já dito, em um ambiente laboral contaminado por assédios morais e perseguições de todas as ordens.
Nessa semana foi tornado público a venda da Refinaria Landulpho Alves para um fundo de investimento dos Emirados Árabes Unidos, com destaque para a notícia veiculada pela própria imprensa que a venda da refinaria pode ocorrer por um preço muito abaixo da avaliação. Entretanto, até o momento, não foi tratado com os trabalhadores e o sindicato sobre os contratos de trabalho dos empregados próprios e terceirizados que estão em vigor.
A nossa maior luta é pela manutenção da Rlam na Petrobras. Somos contra a sua privatização. E a realização da greve é nossa única forma de resistir. Mas, caso a venda se concretize alheia à nossa vontade, a deflagração da greve ainda se faz necessária. Além de lutarmos pela manutenção dos empregos, sejam dos próprios ou dos terceirizados, pelo fim dos assédios aos trabalhadores e garantia de um ambiente laboral saudável, entendemos que a entrega da Refinaria para a Mubadala, concretizará um monopólio privado regional onde, o fundo árabe, irá impor, cada vez mais, altas nos preços dos derivados de petróleo, gasolina, diesel e gás de cozinha para levar ao seu país, Emirados Árabes Unidos, todo lucro obtido através da exploração do povo baiano e brasileiro.
Por tudo isso, conclamamos o apoio da sociedade, do cidadão, das autoridades e de todos que acreditam que só a luta constrói uma sociedade mais justa e mais fraterna. E também de todos que reconhecem a importância dos trabalhadores, da manutenção da Petrobras, como simbolo da soberania brasileira, e dos empregos na Bahia.
Junte-se a nós. Essa luta não é só da categoria petroleira. É todos os baianos!
Este conteúdo não reflete nem total nem parcialmente a opinião do jornal Correio e é de inteira responsabilidade do autor.
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