Abrigo no bairro da Calçada vai receber 160 pessoas em situação de rua

Unidade foi entregue pela prefeitura e vai fazer abrigamento por até seis meses

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  • Da Redação

Publicado em 30 de março de 2020 às 12:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Max Haack/Secom PMS

Mais 160 vagas para pessoas em situação de rua foram abertas na manhã desta segunda-feira (30) com a inauguração da Unidade de Acolhimento Emergencial da Calçada, pela prefeitura. A ação foi realizada com as presenças do prefeito ACM Neto e da secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Ana Paula Matos, além do corpo técnico da instituição. O serviço socioassistencial será administrado pela Agência Adventista para o Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Leste (Adra), através da parceria firmada com a Sempre.

Um dos abriados é Luciano Conceição, 29 anos. “Dentre todos os albergues e abrigamentos que já passei, este aqui é o melhor. Estou me sentindo em um quarto do Big Brother e garanto: a partir daqui quero mudar minha vida”, disse  o rapaz, que agora está abrigado na unidade que fica num hotel desativado na Travessa Bom Gosto.

Por conta da situação da pandemia de  coronavírus, o serviço de acolhimento acontecerá pelo período de até seis meses. O investimento municipal é de cerca de R$ 1,8 milhão. 

“Não estão sendo poupados esforços para fazer de tudo no sentido de olhar pelos mais pobres e os que mais precisam, de dar apoio a quem está nas ruas. Foi iniciada, ontem (29), a distribuição de três mil refeições por dia a esse público e o objetivo é de que todas as pessoas em situação de rua que possam ser acolhidas sejam acolhidas. Não apenas esta, mas outras unidades, como hotéis, motéis, abrigos de idosos, tudo o que puder ser preparado para receber e cuidar dos moradores de rua até o fim do coronavírus será feito”, afirmou o pefeito ACM Neto.

Protocolo Antes de entrar na unidade, os usuários passam pelo protocolo de acesso, elaborado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A medida consiste na avaliação prévia das condições dos acolhidos, para realização dos encaminhamentos necessários, que são acolhimento, observação ou tratamento médico.

No local, as pessoas recebem acolhida, alimentação, espaço para higienização pessoal e de pertences, além de atendimentos que visam o desenvolvimento do convívio familiar, grupal e social, cuidados pessoais, orientação para acesso à documentação e atividades de convívio e de organização da vida cotidiana.

Durante o acolhimento, também é realizada mobilização para identificação da família extensa ou ampliada, assim como articulações com a rede de serviços socioassistenciais e serviços de outras políticas públicas setoriais e de defesa de direitos.