'Achei que ia morrer', diz youtuber Karol Eller após ser agredida

Suspeito diz que se tratou de uma "agressão mútua" e nega ser homofóbico

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  • Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 15:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A youtuber Karol Eller afirmou que sofreu um "espancamento" no domingo, no Rio de Janeiro. Amiga do presidente Jair Bolsonaro, ela foi recém-nomeada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e é prima em terceiro grau da cantora Cássia Eller. 

À revista Época, ela contou que foi agredida com uma sequência de socos e chutes no rosto. “Achei que ia morrer. Estou tomando muitos remédios, com muita dor ainda. Fui literalmente espancada”, diz.

Ela nega a versão apresentada pelo suspeito, Alexandre da Silva, 42 anos, que disse em depoimento à polícia que Karol o atacou e que agiu para se defender. 

“Alguém que quer só se defender, não teria me espancado. Poderia se defender de outras mil formas possíveis. Ele me deu murros na cara, chutou meu rosto. Me deixou desmaiada no chão e fugiu do local do crime”, acusa.

Segundo Karol, Alexandre teve um comportamento homofóbico antes de partir para a agressão. “Ele assediou minha namorada. Disse palavras de baixo calão pra mim. Me chamou de sapatão. Me provocou dizendo (repetidas vezes): Você não é homem? Você é muito macho?”, contou.

Para a youtuber, contudo, apesar da "atitude homofóbica", Alexandre não a atacou só por isso. "Tenho certeza que ele faria o mesmo com outra mulher (que não fosse gay) ou até mesmo outro homem.”

Ela afirmou que o depoimento do suspeito é mentiroso. "É uma questão de lógica. Olhe a estatura dele. É um homem forte. Eu sou mulher, não tenho condição alguma de entrar em atrito corporal com um homem. É óbvio que vou apanhar”.

O suspeito disse ainda que Karol estava com uma arma, o que gerou apreensão no quiosque, e que aparentava ter usado drogas. "Ele inventou essa história de arma, isso nunca existiu. Pelo contrário, era ele quem estava armado, assim com o amigo dele”.

Alexandre também falou à revista e afirmou que o ocorrido foi uma "agressão mútua". "la veio pra cima de mim, drogada. Sabe que uma pessoa drogada fica muito agressiva? Fica muito mais forte? Ela me agrediu e eu a agredi. Foi isso que aconteceu e nada mais. Não a ofendi com palavras de baixo calão. A tratei com muito respeito”, afirmou. 

Ele negou que seja homofóbico ou esquerdista. 

A Polícia Civil do Rio trata o caso como agressão motivada por homofobia.